Acordo. Acordo e vou para o trabalho. São 4h da tarde, e o trabalho é a única coisa que me deixa vivo. Não tenho amigos, nem família. A única coisa que me deixa feliz é poder satisfazer os desejos das pessoas para quem eu trabalho. E isso deixa-me muito feliz, por um lado. Por outro deixa-me triste, pois estou constantemente a perde-las. A minha mãe morreu acabara eu de fazer 4 anos. E ela tem-se tornado o meu exemplo de vida.
Na altura, todos me diziam que a “mamã” tinha ido para um país muito bonito, onde não havia guerra nem sofrimento. Apenas persistia o amor, a paz e a felicidade. Fiquei sempre com estas palavras no meu subconsciente. E tem sido este quem, possivelmente, me tem conduzido pela vida fora. Porque, na verdade, eu não estou aqui. Nem ali.
(…)
“Não consigo mais, não aguento.”
“Tens que ser mais forte, Raquel. Não podes logo desistir!”, dizia eu.
“Mas eu já sofro há mais de 6 meses!! Sinceramente, só me apetece desaparecer! Mesmo.”
(…)
Esta conversação tem-me afectado. Conheço a Raquel há cerca de 4 meses e já não consigo ver esta minha amiga sofrer. Deixa-me transtornado. Tenho pensado e pensado. Matutei tanto que
ontem acordei a suar, após um macabro pesadelo.
Tomo o meu pequeno-almoço, e deixo a pequena tigela no lava-loiça. Ando tão preocupado que já deixei um amontoado de loiça no lavatório. Se as taças fossem andares, eu diria que tinha um prédio de 7 andares no meu lava-loiça. Isto corrói-me!
Pego nas chaves de casa e vou trabalhar.
“Então Pedro, estás bom?”
“Sim, claro”, ripostava eu a uma colega minha. E, cabisbaixo, entrava no elevador, carregando no
7ºpiso.
Não tenho namorada, nem filhos. E poucos colegas se preocupam comigo. Apenas a Rita. Ela é simpática e bonita. Mas, não sei porquê, eu nunca a faria feliz. Acho que não pertenço a este mundo.
“Então, Dr. Pedro, como tem passado? Não o vejo com boa cara. Acordou agora?”
“Sim, dona Albertina. A noite passada foi extremamente cansativa.”
“Pois, imagino que sim!”, disse, esboçando um ligeiro sorriso.
“Não se ponha com mexericos, dona Albertina. Estou-lhe a ser muito sincero.”
“É que o menino, deixe-me dizer, tem estado muito tempo com a menina Raquel. O Dr. Dionísio já o avisou muitas vezes!”
Fiz de conta que não ouvi e segui em frente. Passei o primeiro corredor e o segundo. Terceiro e nada. De repente, e ao pé da casa de banho, vi a Raquel. Sentada, triste e aborrecida. De repente, levanta-se, agarra-se no peixe de mármore que se encontrava mesmo à sua beira, vomita, mais uma vez, e Pedro esboça um murmúrio:
“Esta droga não ajuda nada!”
SABADO A LUZ VAI GELAR, AI VAI VAI :D
15 de Dezembro de 2009 13:40
Força Porto ! Segundo PENTA na minha vida!!
15 de Dezembro de 2009 17:40
É isso aí anónimo!! xD
Quanto ao vídeo, é uma alternativa ao uso normal do preservativo, e olhem que eles até são engenhosos. Tentem fazer uma bola assim tão bem feitinha...
17 de Dezembro de 2009 20:00