quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Que Pi(ropos + rosos)



Falemos aqui da essência do Piropo.

Há uns tempos estava eu a conjecturar qual seria a forma mais eficaz de abordar uma miuda interessante na rua. Bastaram uns longuíssimos micro-nanésimos de segundo até me surgirem centenas de piropos adequados às mais variadíssimas situações- sim, no que toca a piropos tenho uma capacidade de processamento fora de série :)

Okok, também tenho que admitir que desses 1001 piropos que me vieram a cabeça, talvez 1000 eram completamente estapafúrdios e o restante piropo era só meio parvo com algum potencial de sucesso.

Mas havia em todos esses piropos qualquer coisa em comum. Todos eles abordavam a jovem com recurso a outra coisa. Não é fantástico?




Vejamos o famoso piropo de rua:
"Oh estrela, queres cometa?"
-MEU DEUS! O que é isto? - pensamos imediatamente.

Mas sejamos críticos. O que tem em comum este piropo com um piropo mais softskilled do género: "Como te chamas? Espera, deixa-me adivinhar. Cheirosa como és deves-te chamar ROSA"

"WHAT??eu não li isto". Pensam vocês.

Ehpa, por amor de Deus. Parem de me interromper! Abstraiam-se do substracto de estupidez e foquem a essência da coisa.

A verdade é que é raro o piropo instantâneo que surja com base na pessoa. Se surje com base nas mamas da jovem logo dizemos que ela "bai tôda descaPUTAbel" xD. Todo o piropo serve-se de referência a outras coisas que achamos bonitas. Comparar miúdas a carros de alta cilindrada - "Ehpa, olha-me aquele Ferrari!"; a corpos celestes; a bolos ou doces; sei lá que mais. Tudo isto é reduzir a supérfluo aquilo que é a essência de uma mulher verdadeiramente interessante.

E as miúdas perfeitas? Aquela miúda que não é parecida com um avião mas que é BOA!? Aquela miúda que não nos lembra uma estrela cadente mas nos faz desejar o que não podemos ter?; Aquela miúda que, no final das contas, perto de nós em vez de nos fazer pensar em piropos parvos nos faz preferir estar calados com medo de dizer asneira. Mesmo quando isso pouco importa porque, no fundo, mesmo lá no fundo, sabes que dizendo ou estando calado aquilo nunca vai ser água para teu bico. Ou se preferirem, será sempre areia de mais para a tua carroça - adoro esta expressão.

A essas é que fazia sentido mandar os 1001 piropos com lógicas terriveis. Mas a verdade é que não tens coragem. A verdade é que essas repelem a técnica do lança o isco a ver se pescas - com o passar do tempo este desporto tem seguido contornos mais sérios. Num futuro próximo dará direito a estatuto de alta competição sugerem-me fontes seguras. Adiante

O que irrita no meio disto tudo é que essas (miúdas aparentemente perfeitas) são as únicas que valem a pena.

Haverá forma de dar a volta a isto? Estará prestes a nascer um novo ramo de estudo da Piropologia? Temos de aguardar que os estudiosos da coisa façam progressos. Cá estarei para divulgar novos avanços no estudo do Piropo.

Deixo-vos então com o meu pensamento do dia que me levou a toda esta lógica parva e complicada - que aliás fiz questão de introduzir logo no titulo desta "posta"


"Se fosses um carro eras um descapotável. Se fosses uma leguminosa eras milho. Mas como não existes não passas de um sonho" - conclusão: miúdas perfeitas não teem direito a piropos

2 comentários:

Anónimo disse...

"fazia-te um pijaminha de cuspo" xD

Mau-r-à-dona disse...

Ranhoca, lamento desiludir-te, mas para mim a definição de piropo é: elogio dado de forma pirosa e desagradável; usado normalmente por broeiros, mitras, pedreiros, bebedos ou sangokus.

Como tal, acho que essa tua ideia de pensar num piropo porque estavas à procura da forma mais eficaz de abordar uma miúda interessante na rua é um erro crasso. É que nem essa hipótese devias ter colocado, pá...

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