quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Bratislava - a aventura!


Há umas semanas perguntei aos meus amigos se não queriam ir, nesse fim de semana, a Bratislava. Sabia que não os ia entusiasmar: um dos espanhóis fazia anos na Sexta e a viagem implicaria levantarmo-nos cedo no Sábado - o que se tornava complicado depois da festa do dia anterior. Eu próprio, perante a possibilidade de ir conhecer uma cidade absolutamente estoirado, acabei por deixar esmorecer o entusiasmo.

Mas a festa foi mais soft do que se esperava e às 2 da manhã já estava por casa. Deitei-me a preparar-me para recuperar de muito cansaço acumulado. Pura ilusão: acordei às 6 da manhã com a pensar que ia desperdiçar um fim de semana em Praga em vez de ir conhecer uma capital europeia. Só tinha dormido cerca de 3 horas e pouco. Estava absolutamente estoirado. Fiquei alguns minutos a fazer contas de cabeça, a pensar se seria realista ir até à estação rodoviária e comprar o bilhete - que nem sequer sabia se existia.

Decidi-me: "vou a Bratislava". Voei pelo quarto, tomei um banho, preparei a mochila (com o livro que tinha de estudar e os belíssimos biscoitos que a minha avó me enviou) e corri para apanhar o tram, depois o metro para, finalmente, chegar à rodoviária.

Apanhei o metro às 6:52, o que me desanimou: tinha quase a certeza que o Bus era às 7:00. Não ia chegar a tempo. Quando o metro parou olhei para o relógio: 6:56. Fiz um enorme sprint até à rodoviária onde cheguei, ofegante, às 6:58. Enquanto tentava recuperar a respiração atirei para o senhor da bilheteira: "Quero um bilhete para o autocarro das 7:00 para Bratislava". Olhou-me de olhos arregalados de espanto e fez tudo a uma velocidade incrível. Quando acabou lá soltou um "é melhor despachar-se, que o autocarro parte em menos de um minuto".

Novo sprint, desta vez digno do Usain Bolt - até porque acho que fiquei com todas as pessoas da rodoviária a olharem para mim e, provavelmente, a apoiar-me nesta corrida! Ouvi algumas bocas, em checo, da "bancada" mas fixei-me no meu objectivo, ao longe, na paragem. A porta ainda estava aberta. Atirei o bilhete ao revisto com uma sensação de missão cumprida.

Ainda nem tinha tido tempo de me sentar e já o autocarro arrancava rumo a Bratislava. Tirei a mochila, deixei-me cair no banco e escrevi uma sms que fala por si:
"Queria ir a Bratislava este fim de semana mas ontem era a festa do espanhol e queriamos festejar, por isso não dava para viajar com ressaca. Acabámos por voltar cedo e hoje acordei às 6 da manhã. Achei que era um sinal: tomei banho e corri para a estação. Cheguei às 6:58, comprei o bilhete às 6:59 e o homem diz-me: "é melhor correr, porque o autocarro parte dentro de um minuto". Estão 8ºC lá fora e eu a transpirar de tanta corrida. Mas VOU A BRATISLAVA!!! :D"
Terminada a tarefa pude, finalmente, descansar. Com sentimento de vitória. Sentindo-me vivo. Vivo como, aliás, já não me sentia há dois anos atrás, algures numa Cidade Maravilhosa bem longe daqui...

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O Belo do Turismo


O nível de tédio atingido numa sala de aula bateu novos recordes há uns dias atrás. Na - supostamente - interessante cadeira de Turismo a Sra. Professora passou não 10, não 20, não 30... mas 90 (!!!) minutos a explicar O QUE É UM TURISTA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Ah... e ainda não acabou: faltam-lhe três diapositivos para a próxima aula. Mal posso esperar. São 22 anos de vida à espera para desvendar esse grande mistério escondido por trás da definição de "turista" e a senhora ainda nos faz esperar mais uma semana. Vou tentar que o meu coração aguente a emoção na hora da revelação.

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