segunda-feira, 30 de novembro de 2009

7 - O Mundo era eu quem o fazia

Durante anos pouco falei com o Patorras e com o Sakunga. A vida tem destas coisas: para se perseguir um sonho temos, por vezes, de deixar a terra que amamos e as pessoas com quem somos felizes.

Eram muitas as vezes que eu, um preto no mundo dos brancos, me via ali encostado à janela de minha casa, a pensar no que tinha perdido para perseguir, primeiro, o sonho de ser jogador profissional e, agora, de ser professor. Sim, tinha saudades de casa, da família. Tinha uma enorme mágoa: a de ter vivido tantos anos na selva sem que a tenha explorado devidamente.

Cumpri o meu sonho de tirar um curso. Tive boas notas. Tornei-me conhecido. Tinha uma boa casa, um bom carro, finanças equilibradas, emprego garantido, salário generoso... e livros. Muitos livros!

Por outro lado olhava para trás e sentia uma lágrima a correr-me pela face. Tinha a vida com que todos sonhavam... todos menos eu. E era comum ficar ali, encostado à janela a sonhar acordado, a chorar um sonho cumprido. Ficava parado com um chocolate na mão e as lágrimas a escorrerem-me pela face, a ver a chuva a cair. E via a chuva a cair mesmo que estivesse um dia de Sol. Porque naqueles momentos eram a saudade, a tristeza, a vontade de partir que me invadiam. E por mais Sol que estivesse na rua não faria sentido eu estar triste e a chorar sem chuva a cair. Por isso, para mim, a chuva caía. E quanto mais Sol estava mais eu a via a cair.

Tinha aprendido que o mundo era eu que o fazia. E conseguia transformar o dia de Sol mais radioso num dia de chuva. Conseguia mesmo. Tudo porque a tristeza tem esse poder... e a saudade também.

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2 - O homem que deitava fogo pela boca
3 - We have a dream
4 - A Prenda
5 - O Novo Mundo
6 - Três Caminhos

domingo, 29 de novembro de 2009

Elogio a Javi

Há uma coisa que eu gosto num jogador: o espírito de sacrifício com que se entregue ao jogo. Por isso fiz este post. Não por se tratar de um jogador do Benfica. Mas porque acho que jogadores destes merecem.

PS: Hoje no Dragão o Porto marcou o golo da vitória e os adeptos festejaram gritando: SLB SLB SLB Filhos da p... SLB!

Uma pergunta: para quê?

Foto retirada daqui: http://www.abola.pt/

6 - Três caminhos


Estávamos num treino quando, de repente, vimos um colega nosso a contorcer-se no chão com dores. Tinha-se lesionado gravemente no joelho. Aquela expressão de dor marcou especialmente o Sakunga.

Ao notar o efeito que aquele momento tinha tido no meu amigo decidi levá-lo a uma biblioteca. Mostrei-lhe alguns livros do corpo humano. Leu-os de uma ponta à outra. Depois mostrei-lhe alguns de medicina pensando, sinceramente, que ele não ia achar piada nenhuma àquilo, visto que era uma linguagem muito técnica. Efeito contrário: era frequente ver o Sakunga a chegar ao quarto à noite com diferentes livros debaixo do braço. Todos eles com um tema em comum: medicina.

Assisti, assim, ao nascer de mais um sonho. Todos os dias o Sakunga lia mais qualquer coisa, queria aprender algo mais sobre o tema. Depois começou a aparecer lesionado nos treinos. Ainda hoje desconfio que inventava lesões de modo a aprender com os médicos que o tratavam...

E, assim, anos depois, surgiu o dia que tanto temíamos: o dia da separação. Todos nós tínhamos traçado o nosso caminho.

Eu ficaria em Portugal a estudar para um dia ser Professor de Língua Portuguesa (apesar de não me limitar a estudar apenas Língua Portuguesa, porque senão não poderia cumprir o meu sonho de ensinar tudo como o João um dia fez comigo).

O Sakunga ia para Espanha. Teria de aprender uma língua nova e de adaptar-se a uma nova cidade ainda maior: Barcelona. Iria estudar Medicina, como desejava...

O Patorras continuaria a jogar futebol, como sempre desejou. Não conseguiu ficar na equipa que tinha representado durante todos estes anos. Tinha sido emprestado a uma equipa da 2ª Divisão Italiana.

Foi um dia muito triste e marcante para nós: três meninos que se conheceram no dia em que nasceram e que nunca se afastaram até ao dia em que os seus sonhos os separaram. Assim, sem mais nem menos. Sem certeza, sequer, de que se voltariam a ver...

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2 - O homem que deitava fogo pela boca
3 - We have a dream
4 - A Prenda
5 - O Novo Mundo

Fotografia tirada do site http://olhares.aeiou.pt/

sábado, 28 de novembro de 2009

5 - O Novo Mundo


Chegámos a um novo mundo para jogar nos escalões jovens desta equipa de topo. Muitos sonhos pela frente numa realidade completamente nova. Instalaram-nos aos 3 no mesmo quarto. Inscreveram-nos, também, na escola.

Já tínhamos aprendido a ler e a escrever com o João, bem como a fazer contas e outras coisas mais básicas. E foi num desses dias de escola que nos deram a conhecer a tal coisa de que o João me tinha falado: o LIVRO!

Lembro-me que mal ouvi essa palavra comecei a ouvir a professora com toda a minha atenção. Ia finalmente descobrir o que havia de tão especial num livro. Porque queria o João que eu procurasse um livro quando cá chegasse?

- O Livro é um amigo - dizia a professora.

"O Livro é um amigo. O Livro é um amigo." Aquelas palavras ecoavam na minha cabeça. No final da aula fui falar com a professora. Queria que ela me desse um livro. Ela foi comigo a uma livraria e deu-me um escolhido por ela.

Nessa noite não dormi. Comecei a ler e não mais parei até que me chamaram para tomar o pequeno-almoço e ir treinar. Tinha descoberto um mundo novo, um poder especial. Tinha finalmente entendido o pedido do João. Ele queria mostrar-me o que de melhor há na civilização: o livro.

Comecei a desleixar-me no futebol. Ao contrário do Patorras e do Sakunga eu tinha descoberto uma nova paixão, tinha renovado os meus sonhos. A partir de agora queria ser professor. Como o João. Queria ler, queria aprender, queria... ensinar outros meninos como a mim me ensinaram um dia.

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Fotografia tirada do site http://olhares.aeiou.pt/

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Error 4 : Teorias de Moutinho


Minuto 77. João ajeita a bola e dá dois passos atrás. Respira fundo, parte em direcção ao esférico, mas…Miguel engana-o, rematando primeiro, e faz GOLOOOOOOO. Todo o estádio se levanta e, em uníssono, grita a expressão mais bonita do futebol! António e a sua esposa também o fazem, visto que é um golo do seu filho. Contudo nota-se que há qualquer coisa que os corrói por dentro:
António chora, Miguel expulsa toda a sua raiva e frustração de menino e Jorge, na verdade, não sabe bem o que fazer perante tal situação. Encontra-se com um misto profundo de sentimentos e sensações.

Jorge desde de pequeno que apoiava o seu Sporting. Acompanhava-o para todo o lado e não podia ouvir sequer uma palavra de contestação ou maldição contra a sua equipa do coração. Aquando das suas tardes passadas a jogar matraquilhos com os seus colegas e amigos, escolhia sempre os bonecos verdes e brancos, fazendo questão de relatar os jogos. Nos cinco bonecos centrais revia os 5 violinos e chateava incessantemente os seus adversários com as histórias e golos do Travassos e do Peyroteo. Coisas de criança.

Miguel tivera um percurso contrário: Sempre acompanhara o pai e tinha orgulho nele. Era o seu herói. Guardava as suas camisolas, as bolas do jogo e tinha os autógrafos do Fernando, Humberto, Diamantino e do Néné. Sempre alimentou o sonho de jogar no seu clube do coração.

Calcem agora as botas e ponham-se numa situação semelhante. Têm um filho que partilha os mesmos gostos futebolísticos que o próprio pai, que acompanha efusivamente os jogos, tanto em casa como no estádio e, aquilo que o mais inspira, quando joga à bola, é o facto de pensar nos craques do seu clube. Vinga nos relvados e, mais tarde, surge-lhe uma proposta de um clube rival. Como lidariam com essa oportunidade?

Para além dos profissionais que se encontram em Miguel Veloso e Jorge Jesus, também há um lado humano. Não tenho dúvidas que o maior sonho do Veloso era jogar no Benfica e, por sua vez, o de Jesus estar no Sporting, onde já esteve na década de 80.

Traidores? Profissionais? Isso agora depende dos ideais de cada um.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

4 - A Prenda


A partir daquele dia passámos a olhar os turistas de uma forma completamente diferente. Cada turista deixara de ser apenas uma pessoa que vinha visitar a aldeia. Cada uma daquelas pessoas podia ser uma porta para o Mundo, para o realizar do nosso sonho: ir para a Europa jogar futebol.

E, um dia, organizou-se um jogo entre turistas e nativos. Eu, o Patorras e o Sakunga brilhámos e fizemos jus ao nome da tripla VPS. Nessa mesma tarde o João vem ter connosco na companhia de um branco. Explicaram-nos que aquele senhor nos tinha visto jogar e que gostava de nos levar para uma equipa portuguesa. Aos 3! Não pensámos 2 vezes e largámos tudo. Fomos apresentados no clube uma semana depois.

Mas antes disso, o João chama-me e diz-me:
- Vola, guarda isto e não digas a ninguém que fui eu que to dei.
- Mas o que é isto? - perguntava eu enquanto me preparava para abrir o embrulho.
- Não abras! Leva-o contigo e nunca o percas. Só te peço que só o abras quando voltares à aldeia, um dia, depois de eu morrer... E mais uma coisa: quando chegares a Portugal vais procurar uma coisa que se chama livro. Pedes ajuda a alguém para to dar. Aí vais perceber porque te ensinei a ler...
- Está bem... - respondi, sem saber muito bem o que pensar daquilo tudo...


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Esta fotografia é do fotógrafo José Ferreira.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

3 - We have a dream


Um dia, estávamos nós com o João e começamos a ver chegar outros brancos. Pareciam conhecidos do João. Vinham vestidos como ele tinha vindo quando chegou. "Mais turistas", pensei...

Eram, de facto mais turistas. Mas passaram a vir mais e mais... Eles gostavam de visitar a nossa aldeia, sabe-se lá porquê. E foi isso que, um dia, eu perguntei ao João:
- Porque é que os brancos gostam tanto de visitar a nossa aldeia?
- Porque é diferente dos sítios onde eles vivem...
- A selva deles é diferente da nossa?
- Não, Vola... Eles nem têm Selva! Vivem em cidades.
- O que é uma cidade, João?
- Nunca viste uma cidade? Vem comigo, então... Vou-te mostrar umas fotografias da minha terra.
- Umas quê? - perguntei...

Ele não respondeu. Limitei-me a chamar o Patorras e o Sakunga e fomos todos atrás do João.

E esse, posso dizê-lo, foi o dia que mudou a minha vida. Fiquei apaixonado pelas gentes, pelas casas, pelas tradições, pelas histórias que o João nos contava.
- Imaginem, meninos, que há gente que consegue ficar rica a jogar futebol, como vocês fazem... - explicava-nos ele.
- A jogar futebol?! Que fixe... - respondíamos os três com ar sonhador...

E passou a ser esse o nosso sonho: "Um dia vamos jogar futebol numa equipa da Europa e vamos ser ricos e felizes!"


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Fotografia tirada do site http://olhares.aeiou.pt/

terça-feira, 24 de novembro de 2009

2 - O homem que deitava fogo pela boca


Foi num dia de sol que eu [Vola], o Patorras e o Sakunga vimos um homem branco. Vinha com qualquer coisa a deitar fogo na boca e com o corpo coberto por umas coisas esquisitas. Falava um língua estranha. Viemos a saber mais tarde que aquilo que o senhor falava se chamava "português". E que o que tinha vestido era a "roupa". E na boca trazia um cha.. chaar... "charuto"!

E foi esse senhor que viria a mudar a nossa vida. O senhor chamava-se João. Passou uns dias connosco e foi-se embora. Mais tarde voltou e instalou-se definitivamente na nossa aldeia. Explicou-nos que inicialmente era um "turista" e que ele era "professor". Nenhum de nós sabia o que aquilo era.

Passados uns tempos com ele já nos entendíamos minimamente.
- João, para que serve a roupa que só tu trazes vestida? - perguntei.
- Serve para duas coisas: para não ter frio e para ficar mais bonito.
- Mas aqui ninguém tem frio e não usa roupa. E para ficar bonitos andamos assim, de tanga. - replicava o Sakunga.
- Ah, já sei! Os brancos têm vergonha de andar como nós porque são brancos! Querem ficar parecidos connosco, mais pretos! - exclamava o Patorras.
- Talvez seja isso, meninos... talvez seja isso. - explicava o João não disfarçando um sorriso.
- E o charuto, João? Para que serve?
- Hmmm... o charuto... O charuto faz mal. As pessoas que fumam fazem mal à sua saúde... À sua e à dos outros! Mas também não sei bem para que serve... Só que, sabes, habituaram-me assim, lá no sítio onde nasci...
- E onde nasceste?
- Em Portugal. Na Europa!
- E lá em Portugal as pessoas andam todas vestidas para ficarem bonitas e fumam charutos para se matarem?
- Hmm... Todas não. Mas muitas sim... - disse o João, pensativo.
- São estranhas as pessoas da tua terra, João...


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1 - A Selva

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

1 - A Selva

Selva. O perigo esconde-se à espreita. A qualquer momento, do meio do barulho das árvores a abanarem ao vento, pode surgir qualquer coisa. Um caçador, um animal, até um selvagem ou um canibal.

Assim era quando Vola nasceu. Para ele a Selva era um mistério. Era, ao mesmo tempo, aquilo que mais o assustava e que ele mais desejava. O Vola-de-Neve nasceu numa aldeia perdida algures na Selva. Chamava-se assim porque a mãe, que o fora registar, trocava os B's pelos V's. Nascera pobre, algures num recanto perdido da Selva Africana.

Cresceu com uma bola de trapos nos pés e rodeado de meninos que nasceram na sua aldeia. Foi numa clareira que Vola passou a sua infância e que tantos amigos fez. E foi também aí que conheceu o Patorras e o Sakunga. Sempre foram os melhores amigos e sempre foi o trio que mais brilhava com a bola nos pés: a tripla VPS!

Sempre lhes foi proibido o acesso à Selva. Se queriam brincar podiam fazê-lo na aldeia ou na clareira. Tinham comida trazida pelos pais nos dias de caça e de pesca, um riacho, uma bola de trapos e uma clareira onde podiam jogar futebol. Que mais poderiam querer?

E assim viviam os 3, desconhecendo que o mundo era bem mais que aquela clareira, aquelas casas de pau e aquela Selva tão assustadora quanto tentadora. Mal eles sabiam que tinham um mundo para descobrir, uma vida inteira pela frente...


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domingo, 22 de novembro de 2009

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Error 3 : Teorias de Moutinho


Quinta-feira, Oito e meia da manhã. Acordo a suar, cheio de dores de cabeça e super cansado. Já andava doente desde segunda-feira e no dia anterior havia ido aos Huc porque estava com uma otite. Medi a temperatura e deu 38.7. Fiquei estupefacto porque até então nunca apresentei uma temperatura tão elevada.

“O termómetro deve estar estragado”. Medi novamente e obtive uma temperatura de 38.5.

“Ah bom, assim está melhor”, pensei.

Ligo à minha mãe a contar o meu infortúnio e ela disse para me deslocar aos HUC. “Mas leva máscara. Não sei se tens algum tipo de virose. Pode ser gripe A ou não. Mas se não for, não quero que a apanhes por lá”

Tiro uma das máscaras que há cá por casa e dirige-me ao HUC. Não consegui estacionar no parque do hospital, como tal coloquei o carro no parque do pólo 3, mesmo ao lado do serviço de urgências. Todas as quintas tenho aula de fisiologia no referido pólo pelas 9 horas. Como tal, deu-se uma situação engraçada. Enquanto os meus colegas se dirigiam para o pólo, eu ida do pólo para o hospital, totalmente em sentido contrário, sem qualquer espécie de livro/caderno e supostamente com uma máscara, a pedido da minha mãe. Mas eu não ia passar por essa vergonha. O que se faz nestas situações? O normal. Agarra-se no telemóvel, finge-se que se está a mandar mensagens e não se cumprimenta ninguém. Estava com medo que alguém me chamasse ou dissesse algo do género ”Então, não vens à aula??”. Mas, com tanto azar que tive naquele dia, tive a sorte de ninguém o fazer. Também não sei se me cruzei com pessoas que conhecia ou não, porque, na verdade, estava a enviar mensagens!

Chego ao hospital, coloco a máscara e dirijo-me à zona de inscrição. No momento em coloco a máscara tudo mudou. Passei de um mero cidadão a um conhecido demónio. Demónio esse com uma máscara, ainda por cima! Mete muito mais medo! Mal começo a falar com a senhora das inscrições ela tem a gentileza de lavar logo as mãos e faz de imediato uma chamada. Eu disse o que sentia e fui logo encaminhado para a zona da gripe A. Esperei cerca de 20 minutos. Em todo o meu historial de idas ao hospital, deve ter sido a espera mais rápida que tive. O médico disse que não sabia porque é que me encontrava naquele serviço (infecciosas), por não ter critérios suficientes para corresponder à gripe A e encaminhou-me para a medicina interna. Continuei a usar a máscara, e fui rapidamente atendido. Fui para casa, mas sem saber o que realmente o mal que me afectava. Contudo fui medicado e, passado algumas complicações e nova ida ao hospital(desta vez sem máscara), melhorei.

Por isso a minha sugestão é a seguinte: sempre que se dirigirem ao hospital utilizem uma máscara! Serão logo atendidos.

Imaginem o seguinte. Partem o dedo mínimo do pé. Algo de irrelevante. Entram no hospital, já com uma máscara e fazem a inscrição. Dizem que partiram o tal dedo e a secretária que vos atende, boa médica que é, encaminha-vos para o serviço das infecciosas, isto porque vocês estão com uma máscara. Enquanto vocês se dirigem para tal serviço, a mulher das inscrições esfrega-se toda naquele húmido líquido proporcionando-lhe, até, algumas sensações impróprias ao local em questão, mas com intuito principal de se livrar do maldito vírus. 5 Minutos. Sim, a vossa ida só demora 5 minutos, vocês possuem algo demolidor, uma incrível máscara. Chegam lá, dizem que partiram o dedo do pé e o médico volta a repetir:

“Sinceramente não sei porque você se encontra aqui. O senhor, na verdade, deve ir para o serviço de ortopedia”

O Médico chama um auxiliar de acção médica e este, então, encaminha-vos para o serviço de ortopedia. Como vocês ainda se encontram com uma máscara, ele leva-vos, decerto, num ápice. E como as pessoas que se encontram na sala de espera estão cheias de medo de vocês, querem lá saber daquilo que partiram e partem para outra, saindo rapidamente daquela sala. O ortopedista chega a sala, encontra-vos lá, sozinhos e abandonados, num canto da sala, com uma máscara verde azulada, e pergunta:

“Sr. Anacleto Fonseca?”
“Não, não. João. João Silva”
“Você é o último da lista, não sei das outras pessoas”
“Nem eu!”
“Venha daí então, lagarto”

E em 30 minutos garanto-vos que estão fora do hospital, a rirem-se de meio mundo atormentado com o uso de uma máscara, mas com uma porcaria de um dedo partido!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Momento Histórico no VPS


Alguns sabiam do meu projecto a para o VaiPaSelva. Não foi anunciado mais cedo publicamente porque só o queria fazer quando já estivesse concluído. E, finalmente, acabei hoje o primeiro livro do VaiPaSelva.

O livro chama-se "Sonhos Perdidos" e será publicado aqui no VaiPaSelva em 11 capítulos. Não sei até que ponto os visitantes acharão piada a este livro na medida em que ele é feito a pensar num grupo de amigos que vai tentando manter este blog vivo... mas também a pensar nos leitores exteriores.

Passo a explicar: a história tem um duplo sentido. Para os que a lêem sem saber nada da minha vida ou da vida dos meus amigos, tem um significado. Para aqueles que me conhecem e que fazem parte da minha vida podem crer que se encontrarão ali naquela história. Seja numa personagem, seja numa fala, seja num pequeno traço da personalidade de uma personagem. Todos - TODOS - os que fizeram parte da equipa que agora faz (ou que apenas comenta) o VPS estão presentes neste livro. Podem não ser visíveis em todos os capítulos, mas podem ter a certeza que há algo de cada um de vós nesta história.

Era isto que queria anunciar: o nascer de uma história de duplo sentido para a qual eu peço a atenção essencialmente para o significado menos visível da mesma. Ah, mais uma coisa... não se esqueçam que a história tem 11 capítulos. Inicialmente não será muito interessante mas no final... também não! ;)

O primeiro capítulo do livro será publicado na próxima Segunda-Feira dia 23, sendo que a frequência dos episódios será anunciada depois da reacção do público ao primeiro capítulo. Fiquem atentos ;)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

E o burro era o Queiroz?

Hoje vi um jogo incrível. Jogámos com uma selecção composta pelo seguinte onze:
Eduardo; Paulo Ferreira, Duda, R. Carvalho e B. Alves; Pepe, Meireles, Tiago; Simão, Nani, Liedson.

Ora quem perceba minimamente de futebol vê logo que há um trabalho fantástico do nosso grande e adorado Seleccionador, o senhor Carlos Queiroz. Há claramente dois pontos essenciais que demonstram a genialidade do nosso bem-amado Seleccionador: Paulo Ferreira e Duda. O jogo encarregou-se de o provar. E se o Paulo Ferreira, dentro da sua genialidade só fez um grande jogo, do outro lado o Duda esteve ao seu nível: E-X-T-R-A-O-R-D-I-N-Á-R-I-O!

Analisemos, então, os jogadores um a um:
Eduardo - Genial. De notar o brilhantismo de um Seleccionador que sabe escolher o melhor guarda redes em todos os aspectos.

Paulo Ferreira - Não há adjectivos para qualificar a exibição de este monstro sagrado do futebol português. Provou-se ao longo da qualificação que vale bem os 20M que custou ao Chelsea.

Duda - Muitos criticaram Queiroz pela aposta em Duda. Hoje, porém, Duda provou que eu, tal como o adorado Seleccionador, tinhamos razão ao defender a sua utilização na lateral esquerda.

Carvalho, Bruno Alves e Pepe - Cumpriram.

Tiago - Provou por que não pode ser aposta para o lugar de Meireles...

Meireles - FABULOSO, MARAVILHOSO, ESPANTOSO, COMOVENTE, ESPECTACULAR, EMOCIONANTE, GRANDIOSO jogo deste jogador que sempre defendi como sendo a melhor aposta do nosso bem-amado Seleccionador. Ele que foi criticado por tantos aziados que defendiam que deveria ser afastado da Selecção mostrou hoje o que vale. Foi grande a minha felicidade ao ver o jogador que tanto defendi a selar a qualificação para o Mundial...

Simão - Boa aposta. Sempre em grande velocidade. Ao nível do que demonstrou durante anos no Benfica...

Nani - o elo mais fraco. Esteve em todas as boas oportunidades portuguesas e foi, por isso, bem substituido.

Liedson - a mostrar que é português desde pequenino, lutou e fez jogar a nossa Selecção.

E agora, se me permitem, a esses Mau-r-à-donas, Kapitãos, Gordos e Feios e Argolinhas:
"Que la chupen, que la siguen chupando. Usteds que me trataran como me trataran: QUE LA SIGUEN MAMANDO!"

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Carvalhal, o sporting e o Presidente


Hoje trago-vos mais um post sobre futebol. Eu sei, isto tem-se tornado muito repetitivo, mas não consegui resistir. Mais do que futebol, este post revela uma análise ao universo de dois clubes portugueses: o sporting e o Benfica.

Muitos têm sido os sportinguistas que se têm queixado de não ter motivos para sorrir. Que o Presidente está a brincar com o sporting e que mais valia o Paulo Bento "forever" que o Carvalhal meia época [agora digo eu, que se o Carvalhal por acaso tem a sorte de ganhar ao Benfica eles mudam logo todos de ideias e dizem logo que "o Carvalhal sair pela porta pequena? Never!"].

Eu estou aqui para vos mostrar o contrário: o Presidente do Sporting dá, de facto, motivos para sorrir. Querem uma prova?

Então até vos deixo aqui não uma mas sim DUAS provas do grande papel do Presidente nos sorrisos dos sportinguistas:





Mas calma... eu disse que ia falar no Benfica, não disse? Então aqui vos deixo o vídeo de uma quase-morte-por-falta-de-ar na altura do golo do Javi Garcia contra a Naval. É mesmo o clube do povo, este Benfica:


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Crónica da desilusão

Era uma vez um grupo de amigos que decidiu fazer um blog para que se reunissem todos diariamente. Assim, mesmo que não o fizessem por presença física fá-lo-iam virtualmente. Era uma maneira de reaproximar grandes e velhos amigos.

Inicialmente todos gostavam e participavam. Com o passar do tempo começaram a gostar mais e a participar menos.

Hoje muito poucos participam. Apenas vêm todos os dias espreitar o blog e rir-se com os textos dos dois ou três desgraçados que escrevem.

Um dia os dois ou três desgraçados fartam-se, o blog acaba e os amigos voltam ao afastamento que havia antes desse fundo comum. A amizade fica mas perde-se a única coisa na qual todos continuavam a trabalhar em conjunto, que lhe permitia manterem-se unidos.

Nota: qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.

domingo, 15 de novembro de 2009

L inc x

Queria fazer um post como deve ser... Mas acontece que hoje tive jogo (ganhámos, sim, obrigado por perguntarem;) ah! E dêem os parabéns ao Argolinhas que marcou dois golos!) e não há forças para fazer uma coisa em condições.

É por isso que optei por fazer uma reunião de links que me pareceram interessantes:

Aqui têm um mapa de religiões com a as conquistas e reconquistas. Uma história contada em... 90 segundos!

Aqui fica uma década em fotografia. Tem imagens fantásticas...

E acabo este post com uma breve história da Internet, que faz agora 40 anos:


sábado, 14 de novembro de 2009

E o burro era o Scolari?


Hoje vi um jogo incrível. Jogámos com uma selecção composta pelo seguinte onze:
Eduardo; Paulo Ferreira, Duda, R. Carvalho e B. Alves; Pepe, Meireles, Deco; Simão, Nani, Liedson.

Ora quem perceba minimamente de futebol vê logo que há dois pontos fracos claros nesta selecção: Paulo Ferreira e Duda. O jogo encarregou-se de nos dar razão. E se o Paulo Ferreira, dentro da sua mediocridade ainda foi desenrascando, do outro lado o Duda esteve... ao seu nível!

Quantas vezes não ouvi neste jogo o seguinte comentário:
Portugal a jogar bem, a controlar a bola... bola agora para a esquerda, para Duda, pode criar perigo... cruza para as mão do guarda-redes da Bósnia!

Agora vamos a uns exercícios.

Ex. 1: Qual o melhor defesa esquerdo?
a) Fábio Coentrão
b) Miguel Veloso
c) Duda

Ex. 2: Qual o melhor defesa direito?
a) Ruben Amorim
b) Paulo Ferreira
c) Miguel

Ex. 3: O que faria se fosse seleccionador português e quisesse melhorar o jogo da equipa, hoje, com a Bósnia?

Respostas correctas segundo Carlos Queiroz:
Ex. 1: Duda
Ex. 2: Paulo Ferreira
Ex. 3: Obviamente que para melhorar o jogo tiramos o Nani e metemos o Coentrão a extremo-direito, deixando o Duda que está a fazer um jogo brilhante. De seguida, como o Deco está a levar a equipa portuguesa às costas mas, ainda assim, falhou alguns passes, tiramo-lo para meter o Tiago. E por último, tiramos o Simão para meter o grande Hugo Almeida, um jogador com as características que a equipa precisa nestes últimos minutos.

Resultado desde que Queiroz mexeu na equipa: Bósnia a crescer e uma jogada em que a bola vai duas vezes aos ferros e ninguém sabe muito bem como não empatou este jogo.

Depois do jogo de hoje, penso que o Carlos Queiroz se enquadra na perfeição numa equipa da primeira liga portuguesa.

Em qual?
No Sporting, claro...

Porquê?
Porque no actual momento acho que todos são unânimes: o Sporting não pode piorar ainda mais. No entanto, depois do que vi hoje, acho que com as suas mexidas na equipa o Queiroz conseguirá o impossível: meter o Sporting a jogar AINDA pior!

PS: Perdoem-me o post, mas tinha de descarregar a minha raiva... a burrice é tãããããããoooooo irritante!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Error 2 : Teorias de Moutinho



Vivem-se tempos difíceis. Neste post, dá-se ênfase à relação politica-futebol e à sua promiscuidade.

Vivem-se tempos difíceis. O PSD perdeu nas legislativas e o Sporting perde constantemente há uma série de anos. Alguma relação? Claro que não, apenas a maior parte do núcleo forte de associados do Sporting pertence a uma classe média/alta que por sua vez apresentam ideias mais à direita.

Mas o que corre mal?

Basicamente o que corre mal é que tanto no partido como na instituição leonina ninguém tem coragem de dizer “Já chega, vá-se embora”. O Paulo Bento limitou-se a pedir a demissão e a Ferreira Leite nem sequer irá formar uma lista para eventual secretária geral do Partido Social Democrata. E sim, já chega, apesar de fazerem um excelente trabalho(?) – ficaram sempre à frente do CDS e do Benfica – está na altura de dar lugar a outras caras. É preciso um novo ânimo!

Por outro lado, o PS ganha, o Benfica cresce. E o curioso é que Sócrates e Luís Filipe Vieira já apareceram em público. Espera aí…eu já estudei isto nalgum lado. Luís Filipe Vieira diz que não quer deixar sair ninguém. Não quer que levem o Eusébio: o Eusébio Di Maria, o Eusébio Cardozo, o Eusébio Ramirez. O Eusébio Jorge Jesus, esse peculiar sportinguista. Mas quem é que não os deixa sair? Para quem considera José Sócrates alguém de centro-direita estão muito bem enganados! Sócrates é Salazar! Fascista! Mussolini!

José Sócrates vai fazer do Benfica campeão europeu e vai fazer com que ninguém do Sport Lisboa e Benfica saia. E, desta vez, não há moeda ao ar!

E alguém vivia bem na época Salazarista? Ninguém, mas o povo contentava-se com as vitórias do Benfica.

Votar num partido é muito mais do que aquilo que imaginamos. Agora decidam: Viver mal e o Benfica campeão ou viver bem e…continuar a ver as constantes derrotas do Sporting!

PS: Note-se que utilizei o CDS como analogia, visto que o Benfica já se encontrou em 6ºlugar na tabela classificativa e o CDS ja foi um partido bem pequenino. Mas não se deixem comer, o Sporting este ano bate recordes!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Boa noite, são 22 horas no Continente e na Madeira...

Robert Enke
1977 - 2009

Saio do balneário. Deixo o cesto com a minha roupa do treino e entro no carro. Ligo o rádio.

Boa noite, são 22 horas no continente e na Madeira, menos uma hora nos Açores.

Estava a começar o noticiário. Oiço o das 19 horas quando vou para o treino e o das 22 horas é, normalmente, igual ou muito parecido, já que muito pouco acontece de novo nesse espaço de tempo... Mas hoje foi diferente.

E este dia fica marcado pela morte inesperada de... Robert Enke.

Até travei o carro um pouco, tal foi a minha surpresa. Enke? Terei ouvido bem? Robert Enke??? Aquele que foi o meu ídolo e o de muitos benfiquistas durante anos? Mas como? Quando? Porquê???

Vim o resto da viagem a pensar nisto... a pensar em como um ídolo de infância (o melhor guarda-redes que passou no Benfica depois de Michel Preud'Homme). Não queria acreditar.

É por isso que, ainda impressionado, aqui deixo este post em homenagem a um guarda-redes fantástico...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Vitória Happyca

Calma, isto não é o que parece!

Não, eu tinha dito que ia evitar posts sobre futebol e é o que vou fazer.

Por isso, neste meu post não vou falar na irritação que senti quando vi que a Naval foi jogar ao Estádio da Luz com o seu ponta-de-lança (o homem mais avançado da equipa, para quem não sabe...) a marcar o médio-OFENSIVO do Benfica (no caso o 3º ou 4º homem mais avançado da equipa da Luz).

Não, também não vou falar do que me custou aturar uma equipa a jogar com 10 ou 11 jogadores no quarto mais recuado do campo.

Não vou falar de que isto é um atentado ao futebol. Porque para mim mérito é ir jogar a Alvalade (como o Olhanense) e jogar ao ataque, estar a ganhar 2 a 0. Mesmo que depois se perca 3 a 2. Porque há que, antes de mais, respeitar os espectadores que pagam 20, 30 euros para ver ESPECTÁCULO.

Não vou dizer que a conversa que tive hoje foi esta:
[88 minutos: Di Maria ajeita a bola]
- Olha que isto é uma falta de respeito. Já viste o que é pagar bilhete e depois ver uma equipa lá atrás o tempo todo como os coitados dos benfiquistas que foram ao estádio?!
[Di Maria parte para a bola]
- Sim, [Di Maria cruza] mas olha que [Bola no ar] se essa equipa levar um golo [Javi García salta] mesmo a [Javi cabeceia] acabar vale bem os 30 euros!

GOOOOOOOOOOLOOOOOOOOOOOOOOOOO!

A sério: estejam tranquilos! Não vou falar de nada disto!

Também não vou falar do que senti quando vi o Javi festejar aquele golo e o David Luís a delirar...

Não vou falar das exibições do Javi, do Di Maria e do David Luís.

Não, amigos... descansem porque eu hoje não vou falar desta vitória tão sofrida como merecida.

O que me traz aqui hoje é tão simplesmente isto: Baradji.
"Este gajo não tá bom da cabeça", pensam vocês...

Estou. O Baradji é um jogador da Naval que a certa altura do jogo apanhou cartão amarelo. Foram momentos de divina comédia. É que o rapaz tem uma cara estranha... Então quando se ri fica bastante engraçado. Procurei diversas formas de definir o tipo de cara do Baradji [que ainda por cima tem um nome porreirinho] mas só esta me saiu perto da descrição ideal: ele tem, pura e simplesmente, cara de parvo!

E já que não encontrei foto nenhuma que vos mostre o quão hilariante fica o rapaz quando protesta um amarelo como protestou no jogo de hoje, aqui vos deixo uma foto dele. Mas aqui fica a petição: se houve alguma alma caridosa que gravou o jogo que me faça o enorme favor de meter o vídeo dos protestos do Baradji [o nome fica no ouvido, pá!] no youtube!

Façam o favor de serem felizes e já sabem, não sejam baradjis ;)

Há 20 anos atrás...

Há 20 anos atrás foi assim:



Hoje houve um outro muro a cair em Berlim. Eu gostei de ver... sobretudo porque já lá estive:


sábado, 7 de novembro de 2009

Defina masturbação


Hoje deparei-me com uma história que decidi partilhar convosco. Quem ma contou foi um aluno do 8º ano de escolaridade.

Contou-me o João (chamemos-lhe assim) que tinha um trabalho de casa de Educação Moral e Religiosa Católica. E estava, com um ar divertido e entusiasmado, a fazer o trabalho aplicadamente do alto dos seus 13 anos.

- Então, João, que trabalho é esse?
- Ah, é matéria para o teste. Temos de procurar as definições de algumas palavras que o professor pediu. Mas ele deu-nos o material de que precisamos. É fácil...
- Deixa lá ver isso...

E começámos:
Amor: "O amor é a mais universal, mais formidável e misteriosa das energias cósmicas. (...)"

- Que seca, João... é com isto que estás todo entretido? Definições de sentimentos?
- Não! Espera aí que eu já te mostro...

Pedofilia: Pedo+Philos (...)

Prostituição
: compra e venda do corpo. Para a pessoa que faz da prostituição o seu modo de vida trata-se de obter dinheiro ou favorecimentos de vária ordem. Para a pessoa que procura a prostituição, trata-se de obter prazer sexual sem o compromisso de uma relação séria.

Homossexualidade:
(homos= igual + sexus= sexo). É a atracção erótica entre pessoas do mesmo sexo. Em 1993, a OMS retirou-a do elenco de doenças mentais. (...)

- Ok... tem piada. Para gente da tua idade é normal que seja motivo de interesse, mas daí a estares tão entusiasmado...
- Achas?! Então lê esta, é a minha preferida!

Olho para a folha e vejo:
Masturbação: (manus= mão + turbari= esfregar)

Não vale a pena continuar a ler o significado, pois não?

Metem os pais os filhos em Moral a pensar que dão a boa da Religião e quando dão por ela já estão a dar educação sexual... e depois como é que lhes dizemos que não devem fazer pesquisas sobre isso no Google images, alguém me explica???!!!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Error 1 : Teorias de Moutinho


Numa altura em que se fala da demissão de Paulo Bento, vamos verificar como ele poderá passar esta fase(ou então não Paulinho!). Liberalização de drogas leves é o tema que se trata no seguinte post! Enjoy :)

Drogas leves. Porque não a sua liberalização?

Vamos utilizar o álcool como exemplo.
Conheço imensas pessoas da minha idade que, quando frequentavam o secundário, não bebiam
álcool. Nem cerveja, nem mesmo bebidas brancas. Porquê?
Porque ainda tinham 16 anos ou pouco mais que isso? Com medo que os pais soubessem? Porque o simples facto de experimentar era o começo de uma má vida? Porque os outros não bebiam? Bem, acho que chegámos ao ponto fulcral da questão:
Aterrámos repentinamente na faculdade e reparamos que é frequente a prática de consumir álcool entre todos os estudantes. Mas o que é isto?, perguntam alguns. Que bêbados! Onde isto vai parar! Ninguém há-de acabar o curso. Mas pronto, lá foram a um e outro jantar, começaram a beber e agora bebem naturalmente, sem qualquer pudor. Uns mais, outros menos. Uns sim, outros não. Mas isso já faz parte de cada um e nós temos que respeitar!

Mas espera lá…Não consumiam álcool porque fazia/faz mal? E o que faz bem então neste mundo? Para mim, o que faz bem neste mundo é ter momentos em que posso esquecer a quantidade de coisas que tenho que impingir, ter momentos em que me posso divertir, o facto de ainda ter 6 anos sem responsabilidades, em que posso desfrutar destas regalias, de me divertir de uma maneira diferente, o que é igualmente saudável porque temos novas experiencias e sensações.
Se sou apologista da liberalização das drogas leves? Sou, mas não com um uso regular e contínuo. Assim como não o sou para para com o álcool, sendo este livre de ser consumido e que, na verdade, também é uma droga. Álcool, desculpem! Droga! Álcool! Álcool soa bem. Soa bem e melhor. Acho que esta nomenclatura demonstra a hipocrisia que se vive nesta sociedade.

E agora vai uma pergunta à Rui Santos,
Caso as drogas leves fossem dados adquiridos (desde há uns anos para cá, sem se conhecer o processo de legalização, como acontece com o álcool) e se as pessoas da tua faculdade as consumissem como o fazem com o álcool, Tu não o farias também?

Tudo isto tem a ver com a mentalidade e espírito que cada um tem para com as demais realidades. Concepções. Isto é bom, aquilo é mau. Isto sabe bem, aquilo já não. Eu na verdade não sei o que faz bem neste mundo, como já vos disse. Acho que ninguém sabe, ninguém pode garantir que uma coisa faz pior que outra até porque, para além de muitos aspectos, ninguém sabe a maneira como a utilizamos! Acho que, no fundo, devemos ser abertos a novas realidades. Educadamente abertos. E o problema de todos os vícios residente na educação!


E será que nos podíamos divertir sem álcool? Podíamos, mas não seria a mesma coisa!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O prometido é devido...


Tardou mas foi. Tinha dito que hoje ia haver novidades em relação ao blog. E é isso mesmo que vou fazer neste post.

Dizia a Kikas nos comentários:
"Realmente o Ni-ga faz muita falta...Ele, o Cláudio Ramos, os posts controversos do Moutinho... O que é feito dessa gente??"

E se quanto ao Cláudio Ramos não vos posso garantir nada, se o Ni-ga! não dá sinais de vida (apesar de eu ter enviado um mail para o endereço de onde ele me tinha mandado o texto que fez) quanto ao Moutinho é diferente...

Acreditem ou não, ao mesmo tempo que lia o comentário da Kikas recebia uma mensagem do Moutinho a pedir para fazer uma rubrica no blog. Mas uma rubrica diferente. Daquelas que nem eu sei bem o que vão ser. Esperemos para ver...

Tudo o que vos posso dizer é que o primeiro post deverá gerar discussão pelo que o autor me disse. Isto acontecerá às Sextas-Feiras às entre as 15h e as 16h...

Por isso amanhã começaremos com este post que, pelo menos a mim, me está a gerar grande expectativa na recuperação da grande Selva ;)

PS: A razão para a fotografia que ilustra o post fica para discussão nos comentários. Há uma caixa de smarties (vazia) para quem acertar!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Sabias que... , por Kikas


Este é o último post da série "Sabias que..." e, como vêem, foi feito pela Kikas. Aqui fica:

Como já tinha sido falado a propósito de um post da série “Sabias que…”, foi-me proposto investigar o Código da Praxe. Assim, eis aqui algumas das coisas que muitos podem não saber:


Quem anda no secundário (os designados Bichos) não se livra das praxes, porque depois da meia-noite pode ser trupado estando sujeito aos mesmos termos aplicáveis aos caloiros.


Tal como os bichos, os paraquedistas (aqueles que foram colocados numa das faculdades da Universidade de Coimbra mas que ainda não fizeram a matrícula) podem usar capa e batina, não podendo, contudo, transpor a Porta Férrea ou porta de qualquer faculdade.


Os caloiros só podem pegar na pasta da praxe (estando livres se sanção), se entre esta e as mãos colocarem qualquer peça de vestuário ou lenço.


O preceito de ter que usar a capa sobre os ombros e a pasta da praxe para praxar um caloiro só se aplica aos semi-putos (aqueles que estão no 1º ciclo e têm 2 matrículas, estando no 1º período da praxe, que medeia entre três dias antes da abertura oficial da Universidade de Coimbra e três dias após o início das férias do Natal).


Os professores universitários com direito ao uso de Borla e Capelo podem ser sancionados por um qualquer doutor ou veterano à futrica, caso infrinjam os termos a si atribuídos.


Só os veteranos podem mobilizar para trabalhos domésticos, e se estes se efectuarem em suas casas e em proveito próprio.

Os caloiros não podem ser pintados.


Se forem abordados por uma trupe, convém saberem responder “o que são pela Praxe” (caloiro pastrano, novato, semi-puto, candeeiro, …), pois se a resposta estiver errada são declarados “debaixo de trupe”, podendo vir a ser sancionados, pelo facto de serem ignorantes quanto à vossa condição.


“O caloiro que ficar debaixo de trupe para lhe ser aplicada uma sanção pode desafiar o chefe [todas as trupes têm que ter um chefe] para a pancada, e jogá-la, antes desta actuar.”


Os doutores ou futricas podem proteger os caloiros e os bichos de acordo com certos preceitos, e ao contrário do que muitos pensam, “os abrigos das paragens dos autocarros, bem assim como todos os telheiros ou alpendres, não protegem”.


Os “animais” que levarem consigo guitarra ou viola e demonstrarem perante a trupe que sabem tocar, ficam protegidos, denominando-se protecção de instrumento, tal como aos “fortemente embriagados” lhe é concedida a designada protecção do “Deus Baco”.


“Os que usarem Pasta da PRAXE devem trazer dentro dela, pelo menos um livro de estudo, uma sebenta ou um caderno de apontamentos ou, na falta destes, um papel com o mínimo de cinco palavras escritas pelo seu portador.”


“Não é permitido bater palmas na Sala dos Capelos.”


“Deve colocar-se a Capa caída sobre os ombros:

a) Na passagem da Porta Férrea.

b) Dentro da Sala dos Capelos.

c) Nas aulas teóricas leccionadas por professor catedrático, salvo com autorização do professor.

d) Em sinal de respeito para com a pessoa com que se está a falar ou a acompanhar.

e) Em sinal de respeito devido ao local onde se está, tal como: igreja, catedral, cerimónia académica, entre outros.”


Finalmente, falemos da diferença entre estar trajado e “estar de capa e batina”:


Estar trajado é, basicamente, estar com o traje vestido, como o nome indica; “estar de capa e batina” já obedece a alguns preceitos que por vezes são esquecidos, como não usar pulseiras, relógio, piercings visíveis e brincos, no caso dos rapazes – no caso das raparigas os brincos são tolerados se forem discretos e de tamanho inferior ao lóbulo da orelha. Os emblemas da capa (que não podem ser de clubes ou marcas comerciais) também não podem ser visíveis quando esta está sobre ombros e se a capa estiver sobre um único ombro, a gola tem que estar para a frente. No que toca às raparigas, a saia deve estar “com uma mão-travessa acima do joelho”.


E quanto ao número ímpar de emblemas na capa, só há essa norma no Instituto Politécnico ou pelo menos em algumas escolas/institutos que dele fazem parte, não havendo nada no Código da Praxe que refira isso.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Água na Boca


Na Quinta-Feira será anunciado o novo projecto do VPS. Por isso, se não vos tem dado muita vontade de cá vir já sabem... Quinta-Feira haverá novidades ;)

PS: Começo a contribuir para a ressuscitação dos Selvagens a partir da próxima semana (o mais tardar no final da mesma). Isto não tem sido fácil...

PS2: Ainda não vi o material que será anunciado nesta Quinta, mas posso garantir-vos que a polémica regressará!

PS3: Há ainda outro projecto que será apresentado assim que tudo estiver acordado com o seu autor.

PS4: Vocês não sei... mas eu estou com água na boca, porque não sei mesmo de que se tratam.

Por isso, até Quinta ;)

[Amanhã às 20h sairá o último post da rubrica "Sabias que..." da autoria da Kikas]

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Porque tudo tem um fim...

É verdade. Chegou ao fim. Por manifesta falta de tempo hoje será o dia do anúncio oficial:

As séries "HdS" publicada às Terças-Feiras e a "Sabias que..." publicada às Quarta de 15 em 15 dias tornaram-se incomportáveis com os hobbies dos bloguistas. Note-se que ainda haverá post da rubrica de Quarta feito pela Kikas e que só não tinha sido ainda postado devido a problemas técnicos. Desta forma, apesar dos resultados positivos das sondagens vamos ser obrigados a acabar com estas rubricas voltando a apostar num formato que tantos frutos nos deu há uns meses atrás: publicar o que nos apetecer e quando nos apetecer.

O Blog só faz sentido enquanto for divertido para quem o faz e quem o lê. Quando um destes deixa de se verificar apenas há um caminho: alterar o que está mal. Desta forma aqui vos deixamos duas promessas:

1 - Vamos tentar recuperar o blog que atravessa o seu pior período de sempre (vejam o gráfico);
2 - O espectáculo vai continuar!

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