sábado, 9 de fevereiro de 2013

Foi assim que (re)começou



 “Um poema por dia até dia 7 Janeiro de 2014, esta é a minha resolução.”

Começou há um mês e dois dias, no Facebook. Louco. Ele é louco. Diz que vai fazer 365 poemas em 365 dias para activar a mente. Sugerem-lhe que faça puzzles e ele diz que é precisamente o que está a fazer: puzzles de palavras. Podia guardá-los para ele, então, como tantos outros – assim, pelo menos, não expunha a sua loucura, não correria o risco de ser ridicularizado.

Hoje vai no trigésimo segundo poema.

E é ao trigésimo segundo poema que perco meia hora do meu dia para ler o que o Pedro anda a fazer. Comecei por ler com rapidez, com poemas banais… acabei a lê-los em voz alta, porque de repente ele começou a fazer música com as palavras escritas.

Lembrou-me que “de poeta e de louco todos temos um pouco”. A partir de hoje serei o segundo louco deste movimento. O Pedro foi um pouco louco e passou 32 dias sem se importar sequer um pouco se alguém o lia ou não. Escrevia para ele. Afinal de contas limitava-se a fazer um puzzle por dia. Para minha delícia. Para minha inspiração. Para eu voltar à escrita, essa minha velha paixão.

Porque, como (sem saber que o fazia) gentilmente me explicou, o importante é que “não nos guiemos pelo sistema perfeito de roldanas que falha sem se notar”, mas sim “pelos instintos, pelos sentidos, pelas emoções”. O que importa é que nos guiemos “pelos [nossos] corações”.

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