“Um poema por dia até dia 7 Janeiro de 2014, esta é a minha
resolução.”
Começou há um mês e dois dias, no Facebook. Louco. Ele é
louco. Diz que vai fazer 365 poemas em 365 dias para activar a mente. Sugerem-lhe
que faça puzzles e ele diz que é precisamente o que está a fazer: puzzles de
palavras. Podia guardá-los para ele, então, como tantos outros – assim, pelo
menos, não expunha a sua loucura, não correria o risco de ser ridicularizado.
Hoje vai no trigésimo segundo poema.
E é ao trigésimo segundo poema que perco meia hora do meu
dia para ler o que o Pedro anda a fazer. Comecei por ler com rapidez, com
poemas banais… acabei a lê-los em voz alta, porque de repente ele começou a
fazer música com as palavras escritas.
Lembrou-me que “de poeta e de louco todos temos um pouco”. A
partir de hoje serei o segundo louco deste movimento. O Pedro foi um pouco louco
e passou 32 dias sem se importar sequer um pouco se alguém o lia ou não. Escrevia
para ele. Afinal de contas limitava-se a fazer um puzzle por dia. Para minha
delícia. Para minha inspiração. Para eu voltar à escrita, essa minha velha
paixão.
Porque, como (sem saber que o fazia) gentilmente me explicou, o importante é
que “não nos guiemos pelo sistema perfeito de roldanas que falha sem se notar”,
mas sim “pelos instintos, pelos sentidos, pelas emoções”. O que importa é que nos
guiemos “pelos [nossos] corações”.
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