Estou na minha cela.
Antes tinha quatro paredes brancas. Agora são pretas.
Agora é tudo preto. Breu.
Como a escuridão da vida. Como a morte.
Como a minha morte vai ser breve. Breve é a vida! Ainda agora era eu criança. Não propriamente feliz, mas ainda assim criança, como aquelas que brincam na rua. Agora já não brincam nas ruas, não saem de casa, não saem dos computadores, com toda aquela inovação tecnológica que torna tudo tão diferente, tudo tão diferente do que era dantes. Já não há pássaros nas ruas a voarem livres, pelas cidades, por entre os topos dos arranha-céus e depois descer a pique até às estradas, até aos carros, até ao barulho, até à confusão, até ao que não era de antes, mas é de agora, porque o agora é tão diferente, porque o agora é tão impessoal, tão triste...
3 comentários:
Só para que conste, as opções de formatação do blogger não valem nada, para não ser rude. Uma pessoa podia brincar bastante mais com as expressões, a temporização e a intensidade induzida das mesmas, mas não consegue.
Enfim, há-de chegar o dia
Grava o texto lido pela tua voz e mete aqui no blog. Não é dificil e podes dar-lhe a expressividade que bem entenderes. Depois distorces a voz num programa qualquer para nao conhecerem a tua voz:D
Era uma boa inovação...
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