quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Era uma vez uma ida à casa de banho...




Há um mês acordei na República Checa, num sítio onde não conseguia encontrar uma palavra familiar, onde temos bonitas frases como “Jeho tištěná podoba je zpravidla čtvrtletně k dostání ve vsetínském knihkupectví Malina, které se podílí na jeho vydávání”. E não, não faço ideia do que isto significa: copiei a frase do primeiro site checo que encontrei. Acreditem em mim: só depois de “acordar” num sítio assim é que entendemos verdadeiramente a importância da nossa língua.

Estou num restaurante e quero ir à casa de banho. Não há nenhum símbolo indicativo. Tenho apenas duas portas: numa está escrito “muži“, na outra “ženy“. E agora? Entro na dos/das muži“ ou na dos/das “ženy“? Arrisco-me a entrar na casa de banho do sexo oposto? Espero até voltar para casa?
Poderia ser uma situação desagradável. Felizmente consegui gerir a situação com a maior habilidade. Já adivinharam? Exacto: o que fiz foi dizer com toda a confiança que “ženy“ significava “homens”. Depois, deixei o espanhol que me acompanhava ir à frente. Afinal de contas tinha 50% de probabilidades de acertar. Falhei, claro.

Foi pior para o espanhol que para mim, confesso. Limitei-me a ouvir o berro da senhora quando ele entrou na casa de banho enquanto ria às gargalhadas com a cara dele. E nunca mais me esqueci que muži“ significava homens“. Ah… e que no dia em que tiver uma casa de banho na própria empresa vou, sem dúvida, optar por um símbolo que seja interpretável universalmente!

1 comentário:

Titi disse...

Fantástico!! Tu tens sempre uma forma de resolução de problemas muito perspicaz!!

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