Comecemos este post com esta notícia da Agência Lusa que data de 30 de Setembro de 2008:
"O filme "Aquele querido mês de Agosto", segunda longa-metragem do realizador Miguel Gomes, é o candidato de Portugal a uma nomeação para o Óscar de melhor filme estrangeiro, anunciou hoje o Instituto do Cinema e Audiovisual."
É verdade. Este foi o filme português escolhido no ano passado. Contudo, muitas pessoas do nosso país não sabem sequer da existência do mesmo. Foi por isso que decidi aqui fazer este post sobre um filme que adorei ver no cinema quando saiu.
É um filme diferente. Se estão à espera de acção, de suspense, de uma história bem delineada... esqueçam lá isso! Este filme é para ser visto de mente aberta. Não há um único actor conhecido e eu duvido mesmo que os participantes sejam actores com formação (parte deles não o são assumidamente, outros não sei bem...).
Mas o que é interessante neste filme é precisamente isso. É a pureza com que o realizador nos mostra as coisas. Não procurou uma história, não procurou criar ele um argumento, não procurou, sequer, actores. Este filme vale por cada diálogo. Pelas pessoas, pelas paisagens, pela verdade que está em cada uma daquelas imagens. Porque quando vemos o filme raramente vemos alguém a representar (há um casalinho que representa e pouco mais...).
Compreendo que muitos de vocês se virem o filme não gostem dele. Contudo, pensem um pouco no que aqui escrevi. Há diálogos hilariantes. Há uma genuinidade gritante em cada uma das pessoas que participam no filme. No filme não há actores que fazem parte de uma história. Há povo que conta as suas histórias e que vive a sua vida de forma normal, que fala para as câmaras como se estivesse a falar para os amigos no café.
Aqui vos deixo não os melhores mas sim os possíveis (leia-se "os que estão no youtube") momentos do filme realizado em... Arganil:
Os típicos velhotes com o velho a contar a história e a mulher a emendá-lo em tudo o que ele diz...
É um filme diferente. Se estão à espera de acção, de suspense, de uma história bem delineada... esqueçam lá isso! Este filme é para ser visto de mente aberta. Não há um único actor conhecido e eu duvido mesmo que os participantes sejam actores com formação (parte deles não o são assumidamente, outros não sei bem...).
Mas o que é interessante neste filme é precisamente isso. É a pureza com que o realizador nos mostra as coisas. Não procurou uma história, não procurou criar ele um argumento, não procurou, sequer, actores. Este filme vale por cada diálogo. Pelas pessoas, pelas paisagens, pela verdade que está em cada uma daquelas imagens. Porque quando vemos o filme raramente vemos alguém a representar (há um casalinho que representa e pouco mais...).
Compreendo que muitos de vocês se virem o filme não gostem dele. Contudo, pensem um pouco no que aqui escrevi. Há diálogos hilariantes. Há uma genuinidade gritante em cada uma das pessoas que participam no filme. No filme não há actores que fazem parte de uma história. Há povo que conta as suas histórias e que vive a sua vida de forma normal, que fala para as câmaras como se estivesse a falar para os amigos no café.
Aqui vos deixo não os melhores mas sim os possíveis (leia-se "os que estão no youtube") momentos do filme realizado em... Arganil:
Os típicos velhotes com o velho a contar a história e a mulher a emendá-lo em tudo o que ele diz...
O tipo de filmagem é diferente do que estamos habituados normalmente. Muitas vezes as câmaras não estão centradas nas pessoas que estão a falar. Podemos até estar ouvir pessoas a discutir e a imagem estar focada numa jarra ao canto de uma mesa... Neste caso é uma cena sem falas e em que nada se passa, coisa pouco habitual no cinema:
O cântico à desgarrada... Se quiserem passem um pouco à frente e comecem a ver (e a ouvir, principalmente!) a partir dos 2 minutos.
Parece um filme deprimente. Não é. É uma lufada de ar fresco, uma coisa diferente numa arte que em Portugal explora tanto as actrizes nuas e tão pouco a originalidade. "Aquele Querido Mês de Agosto" não é um filme fácil. Mas para quem entrar no espírito é bem mais que um filme: é uma experiência.
5 comentários:
É o melhor filme tuga dos últimos anos. E muita atenção, também, ao Ainda Há Pastores? do Jorge Pelicano, 5*.
Passei o fim de ano na terrinha perto de Arganil onde o filme foi filmado: Pardieiros :)
É uma terrinha muito bonita, sim senhor.
foi uma agradável surpresa =)
adormeci ao ver . .
Eu gosto é daquele da liliana santos nua. E o da cláudia vieira. E do outro da raquel henriques e o do padre amaro por causa da soraia chaves!
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