Estou farto de política. Eu sei que ainda tenho que gramar com mais 15 dias de PS's, PSD's, PP's ou BE's... Mas este blog também não é um blog político por isso agora façamos o ponto e mudemos de assunto, pronto!
Estou já há uns tempos para vos falar de um país tão próximo quanto distante do nosso: a Tunísia.
A Tunísia fica próxima de Portugal. Fica a 2 horas de voo, mais coisa menos coisa. Contudo fica longe, tão longe de nós que quem lá não vai não o consegue imaginar.
Quando soube que ia para a Tunísia fiquei entusiasmado. Não era o deserto, não eram as praias, não eram os hotéis que me entusiasmavam. Era - pasme-se - a cultura, eram os tunisinos, eram os árabes. Para os Ocidentais como eu isto pode parecer uma loucura, mas eu explico o porquê do meu interesse na cultura árabe: queria livrar-me de vez do preconceito do "árabe-mau", do "árabe-terrorista".
Fui, portanto, de férias com a maior das aberturas de espírito. Queria provar a mim mesmo que nem todos os muçulmanos são fundamentalistas.
E são algumas das "estórias" deste país e, fundamentalmente, as experiências que lá vivi e as conclusões a que cheguei que vou partilhar convosco ao longo dos próximos dias...
Mando Diao é uma banda que teve origem na Suécia. Participou no Super Bock Super Rock deste ano e, tanto quanto sei, recebeu vários elogios não só pela sua prestação no festival mas também por outros concertos dados pela banda.
Um bom rock para os amantes do estilo e uma bela opção para quem gosta de ouvir uma boa música. Ainda desconhecida para alguns mas já com uma grande legião de fãs e seguidores.
Quem é que nunca vibrou ao som de Xutos? Com 30 anos de carreira, continuam a dar cartas na música, a dar força ao rock e à música portuguesa.
Ao assistir a um concerto como o de ontem no Estádio do Restelo, perguntei-me se aquela banda, na minha opinião, a melhor e mais genuína banda tuga, tem mesmo 30 anos! Cheia de juventude e vida, enche recintos. É uma banda de todos, dos 8 aos 80. E todos sabem quem são os Xutos & Pontapés!
Noites como a que vivi ontem são indescritíveis. Só sente quem lá está consegue entender o que é um concerto daqueles. Por mais adjectivos que aqui use não serão, por certo, suficientes para descrever toda a energia e magia presentes naquele estádio.
Cada música transmite um grito de revolta, de luta, de esperança... e são esses gritos que nos fazem acreditar que um dia destes podemos ser pessoas melhores, quiçá um dia, num país melhor.
Agora garanto-vos uma coisa: momentos como o de ontem, guardarei para toda a vida!
Como homenagem ao melhor grupo português aqui vos deixo uma música que tanto tem a ver com o dia de hoje:
Não ia publicar este comentário feito no post "PS? A luta continua!" porque já sabia que depois me iam acusar de só dar voz à oposição. No entanto, como foi a Kikas que sugeriu que tornasse o comentário deste anónimo post, aqui fica:
Anónimo disse...
Eu o que acho giro nos defensores do socas daqui é que se limitam a dizer que o socas, tadinho, é vítima das cabalas e das campanhas negras e etc e tal. Entretanto continuam sem responder ao atoleiro de casos em que ele está envolvido. Para lá da fé - acredito no homem e tal - respostas concretas aos casos fripó, «licenciatura», TRÁFICO DE INFLUÊNCIAS COM O PROF MORAIS DE 4-CADEIRAS-4 QUE ELE DISSE QUE NÃO SE LEMBRAVA DE QUEM ERA QUANDO JÁ O CONHECIA ANTES, CASO DAS CASINHAS COVILHÃ-GUARDA, CASO DO ENVOLVIMENTO DE FAMILIARES EM PROJECTOS PÚBLICOS (VIDE FRIPÓ), CASO DA MISTERIOSA MANIA DE TAIS FAMILIARES EMIGRAREM PARA PAÍSES TÃO ESTRANHOS COMO A CHINA E ANGOLA, CASO ATERRO COVA DA BEIRA, CASO DA COMPRA DO APARTAMENTO POR METADE DO PREÇO, CASO DA REFORMA DA SANTA MÃEZINHA, UFF, PARA SÓ CITAR ALGUNS E NÃO FALAR NA SUSPENSÃO DO JORNAL DE SEXTA, NA PERSEGUIÇÃO AO BLOGER DO PORTUGAL PROFUNDO COM RESPECTIVO PROCESSO (ABSOLVIDO), CASO DO PROCESSO A JORNALISTA DO DN POR DELITO DE OPINIÃO, UFFFFF,SOBRE TUDO ISTO, DIZIA, os crentes deste ingenheiro de fancaria dizem ZERO, NADA, UM RUIDOSO SILÊNCIO. E um caso apenas destes todos que fosse, em qualquer país civilizado já teria dado DEMISSÃO. E não é um - são boés. Infelizmente a qualidade da nossa democracia é muita fraquinha e, de facto, assim nunca iremos a lado nenhum, pobre Portugal!
Sabias que quem devia fazer esta rubrica era o Ranhoca?
E sabias que a rubrica devia ser semanal mas passou a quinzenal porque ele se esquece de a fazer?
E sabias que o Ranhoca é estudante de Coimbra?
E sabias que há praxe em Coimbra?
Então já devias saber que ele ia ser incapaz de fazer um novo post para esta rubrica hoje... e que sendo o post feito por mim é só mesmo para garantir que a rubrica continua.
Pois é... com tantos "Sabias que..." já devias saber que hoje não valia a pena vires ao VaiPaSelva ;D
Os Klepht são uma banda portuguesa bastante recente, para muitos ainda desconhecida, mas que vai ganhando adeptos por todo o Portugal.
Alguns podem até reconhecer o vocalista que é apresentador na MTV mas desconhecer a música da banda. Por isso aconselho-vos Antes e depois e Erros por defeito. Mas antes deixo-vos com duas das minhas músicas preferidas e das mais conhecidas da banda, que se encontra em franca ascensão...
Ora então o que se passa é o seguinte: nasci no campo. Desde criança que me divertia a cavar na terra. Até que num dia chuvoso, ainda me lembro bem, estava eu já com a enxada na mão e com a merenda debaixo do braço quando, de repente, um monstro me deixa pregado ao chão. Era grande e barulhento. Tinha rodas enormes. Uma máquina demoníaca, sem dúvida...
Senti que a minha vida ia mudar. E não me enganei... Desde esse dia nunca mais foi preciso cavar. Cavar, cavar, cavar... eu só queria cavar! Só? Não! Queria vingança! Queria acabar com todos os tractores. Destrui-los, dizimá-los!
E assim fiz. Cresci com este ódio terrível a tractores. Ainda hoje quando vejo algum sinto uma enorme raiva. É por isso que com o primeiro salário que ganhei comprei uma motosserra. Porquê? Porque desde pequeno que tentava arranjar uma forma de furar os pneus dos tractores mas nunca conseguia porque são demasiado grossos. Hoje, com uma motosserra consigo fazê-lo sempre que posso!
Mas ontem... ah, ontem! Foi a vingança dos tractores! Estava eu durante o exame de condução. Já estava a voltar ao centro de exames. Tinha corrido bem, ia ter a carta não tardava nada até que... aparece um tractor à minha frente!
Tentei aguentar. Estava tão perto... faltavam cerca de 200 metros para chegar ao centro de exames e ter a carta na mão! De repente, explodi. Tive de ultrapassar aquela máquina demoníaca! Não quis saber do duplo traço contínuo!
Mas o examinador quis: - REPROVADO -
Saí de lá frustrado. Mas uma parte de mim estava feliz: - Pelo menos aquele cab*** daquele tractor não ficou à minha frente!
Hoje falo-vos de uma das músicas da minha vida. De um pedacinho de mim. Falo-vos dos senhores Pink Floyd e da música Wish you were here.
Tinha uns 13/14 anitos quando entrei em casa bem chateada por não saber quem raio eram os “Ping Floyd”. Corri, de imediato, para a colecção de vinil na tentativa de ultrapassar aquela ignorância e lá estava ele. La estava ela: segundo lado, faixa 2.
Wish you were here, pertence ao álbum da mesma forma intitulado e datado de 75. Dizem que Roger Watters a escreveu como forma de homenagear Syd Barrett, um dos fundadores da banda. Há, também, quem afirme ser um de tantos sinais que permitiam antecipar a separação do grupo …
Para mim é só uma canção. É só uma daquelas canções que te fazem pensar. 5 minutos depois, 2 horas depois, 3 anos depois, 20 anos … uma vida. Cada vez que a oiço sinto de forma diferente, penso de forma diferente.
Deixo-a aqui esperançosa de que vejam nela não o mesmo mas tanto quanto eu:
Já aqui falámos no Nemo. O Nemo é um amigo meu que nasceu numa terra pequenininha. Uma daquelas terras onde as pessoas se levantam bem cedo para ordenhar as vacas, dar comida aos porcos e, ciclicamente, tosquiar as ovelhas.
No entanto, o Nemo meteu na cabeça que era um estudante promissor. Ou melhor... meteu isso na cabeça dos pais!
Neste momento, perguntar-se-ão: "E o que é que isso me interessa?" Para já nada. Mas continuem a ler. Acho que não se arrependerão.
Como ia dizendo, o Nemo, estudante promissor, conseguiu sair da terrinha e ir viver para uma cidade grande com uma familiar. Nessa cidade grande, o Nemo arranjou uma equipa de futebol e uma escola linda, digna de um estudante bastante promissor!
Falava com os pais ao telefone e, de vez a vez, a mãe lá lhe perguntava: - Então, filhinho, como está a correr esse 12º ano? - Está bem, mãe. É bem pior que o 11º, mas eu aguento! - Ahhh! Sempre trabalhador, o meu filho... Temos muito orgulho em ti! Sabes disso, não sabes?
E lá se iam passando os dias. Ora, o mais engraçado é que, apesar desta conversa, o Nemo não estava no 12º ano como os pais pensavam mas sim... no 11º!
Confessa-nos o Nemo que pensara desta forma: "Tenho 18 anos. Sou o meu próprio Encarregado de Educação, por isso, quando for preciso justificar faltas sou eu quem as justifico. As notas são-me entregues a mim... Está tudo controlado!"
Pois é... isso pensava ele! O problema é que o Nemo, apesar de estudante promissor, é também um despassarado... Acreditam que no dia da matrícula na escola ele em vez de meter a sua morada nova meteu a da terrinha onde nasceu e onde viviam os pais?
O resto podem adivinhar... Um dia, o Nemo deu demasiadas faltas e o Director de Turma envia as faltas para casa. TRRRRRRRRRRRRRRIIIIIIIIIIM - Está lá? - NEMO?! ÉS CAPAZ DE ME EXPLICAR O QUE VEM A SER ISTO??? - Calma, mãe! Que se passa? - RECEBI AQUI UMA CARTA A DIZER QUE ESTÁS CHUMBADO POR FALTAS E QUE AINDA ESTÁS NO 11º ANO!!!! - O quê?! Devem-se ter enganado! Eu estou no 12º!
Mas já era tarde... O Nemo acabou por confessar que tinha mentido e, nesse fim-de-semana em que foi a casa, passou todo o tempo caladinho e quietinho.
Como é um tipo bastante optimista, acabou por enaltecer o lado positivo da cena: "Bem... pelo menos já não tenho de gastar dinheiro a comprar o traje académico no ano que vem!"
Mas sabem o que é mais engraçado? É que há um coxo lá na terra dele que fez exactamente o mesmo que o Nemo. E, até hoje, o Coxo ainda não foi apanhado. O que nos permite criar um novo provérbio que é, simultâneamente, o título deste post:
Vinha agora a conduzir e ouvi no rádio que hoje era o dia 11 de Setembro de 2009. 11 de Setembro...
Vieram-me de imediato à cabeça as imagens das Torres a arder, dos corpos a atirarem-se.
Lembrei-me que nesse dia estava eu a entrar num Café com a minha mãe e a minha avó e na televisão vimos que um avião tinha embatido contra a Torre. Poucos segundos depois o jornalista dizia: - E neste momento acaba de haver uma nova explosão dentro da Torre.
Eu não tinha dúvidas: - Uma nova explosão não! Foi outro avião que foi contra a Torre!
Ninguém ligou ao que eu dizia... até verem na repetição o segundo avião a ir contra a Torre. Lembro-me que na altura não percebi o que se estava a passar. Era um miúdo e a última coisa que me passaria pela cabeça seria um ataque terrorista.
O resto já sabem.
O que vos pergunto hoje é, inspirado na célebre frase "E tu onde estavas no 25 de Abril?":
Venho-vos hoje falar um pouco do misticismo que está por detrás dos famosos penalties à Panenka.
Com certeza muitos não estão familiarizados com este termo, no entanto é este o termo utilizado na gíria futebolística quando nos referimos àqueles famosos penalties "picadinhos".
Não se lembram do penalti meloso que foi marcado pelo Helder Postiga nos quartos de final do Euro2004?? ESCÂNDALO!!
E agora.. Por quê Panenka??
Panenka foi um jogador Checoslovaco da década de 70 que ficou célebre por um penalti soberbo marcado ao guarda-redes alemão Sepp Maier na final do Euro 1976 quando esta final estava a ser decidida através de grandes penalidades.
Esta ousadia na cobrança do penalty imortalizou Panenka e desde então muitos outros jogadores têm tentado seguir o seu exemplo executando o mesmo gesto técnico que passou a ser chamado de "Penalties à Panenka".
Como disse muitos outros jogadores o tentaram fazer. Uns com sucesso, outros nem tanto. De sublinhar temos sem duvida o penalty de Helder Postiga,já referido, que deixou tantos portugueses com o coração aos pulos e um outro que é, para mim, o melhor penalty que já tive oportunidade de assistir em directo. Foi Zinedine Zidane na final do Mundial de 2006 contra a Itália que com toda a classe, peso e medida fez isto. Só pena não ter levado o troféu.
Já outros jogadores o tentaram mas sem sucesso. Deixo aqui o video, que considero cómico, de um wannabe qualquer que se achou no direito de fazer isto:
Meus amigos, aqui vou eu, mais uma vez, dar aos dedos e escrever mais um post arriscado. Digo arriscado porque sei que não tenho a garantia de que toda a gente tem o à vontade suficiente para abordar este tipo de temas. Seja como for, aqui vai.
Ora, o assunto que vos trago há muito que me intriga. Pelo título talvez muitos de vocês fiquem pouco elucidados do que se trata, enquanto outros (que sabem) um pouco reticentes sobre o que raio vou aqui escrever. Para os que não sabem, fiquem sabendo primeiro que tudo que o Ponto G(ay) é, para mim, uma realidade e não uma invenção de última hora.
Descobri há algum tempo atrás que existia este ponto e desde esse dia nunca mais fui a mesma pessoa. Para quem não sabe de que se trata o ponto G, eu tomei a liberdade de o explicar aqui de forma breve. O Ponto G é um ponto localizado algures numa zona ULTRA-HIPER-MEGA sensível que, quando tocada, nos faz sentir coisas nunca antes sentidas. Puro Prazer, vá! Para mais pormenores uma pesquisinha no Google é a solução.
Eu, como homem de “H” maiúsculo que sou, preocupo-me com estas coisas. Sinto que é nosso dever mantermo-nos informados e cultivar a nossa sabedoria sexual que tanta falta nos irá fazer ao longo de toda a nossa vida.
Nisto virei-me ao Google e resolvi enfrentar as ondas de um mar chamado Internet. Enquanto surfava calmamente descobri que existia o ponto G da mulher! Estava ali o Cálice do Desejo que tanto Homem desconhece. Virei e revirei do avesso aquele assunto até que tudo se desmoronou.
No meio daquelas ondas fui varrido por um autêntico tsunami! Bastou um clique. Ali estava à minha frente o esquema que localizava o ponto mais sensível do Homem. Aquele ponto que eu achava ser o bilhete para o paraíso de qualquer pessoa ganhou contornos diabólicos. Ali estava meus amigos aquilo a que eu chamo e sempre irei chamar de, PONTO G(ay).
Não queria acreditar. Foi uma desilusão. Consegui sentir-me pior que quando soube que o Benfica já não tinha hipóteses de ser campeão. A minha convicção de que nós Homens não temos defeitos acabou.
Não vou entrar em detalhes sobre a localização desse ponto e acho que nem é preciso. A Homossexualidade sempre me fez um pouco confusão e continua a fazer mas talvez agora perceba porque é que a maior parte daqueles que se metem nisso (Homens) já não querem outra coisa.
Com tudo isto não via motivos para me preocupar. Afinal de contas eu sei bem o que quero e definitivamente toques nesse ponto não se incluem. O problema foi quando me lembrei que com o passar do tempo os 40 estão cada vez mais próximos e os anos apertam. E é por isso que, todas as noites, rezo pelo avanço da ciência para que o exame da próstata deixe de ser feito pelo famoso toque rectal e passe a ser por análise sanguínea ou simplesmente à saliva.
Não quero de todo sair do consultório com um sorriso nos lábios e por isso todas as noites, sem excepção, as minhas últimas palavras antes de adormecer são: “…não me deixai cair em tentação e livrai-me do mal. Amén”
Hoje venho-vos apresentar uma artista que ainda há bem pouco tempo esteve no centro de artes e espectáculos da Figueira da Foz.
Yann Tiersen é um músico francês, de origem judaica, que compõe para piano, acordeão e violino. Fez várias músicas para bandas sonoras de filmes, como O fabuloso destino de Amélie Poulain e Good Bye, Lenin! e agora volta a ser reconhecido pela composição Summer 78 no promo de Do Começo ao Fim, um dos filmes Brasileiros mais polémicos dos últimos tempos. A música de Yann Tiersen é essencialmente instrumental, sendo raras as músicas em que entram vozes.
Aqui deixo algumas músicas deste extraordinário artista:
Vieram-me hoje à memória algumas recordações divertidas. Naquelas fases em que treinávamos na Pardulha, duas vezes por dia, ao sol ou à chuva, a comer a poeira ou a chafurdar na lama do campo pelado, com o Palmira a gritar com o Cagueiro por ele ter feito o que o próprio nome indica debaixo dos chuveiros...
Ora, para aqueles que não sabem, a Pardulha fica num recanto perdido do mundo. Lá só vivem três espécimes: o Palmira, o Comboio e as Gaijas da Pardulha.
As Gaijas da Pardulha eram um grupo de meninas que nos acompanhavam em todos os treinos e jogos na Pardulha [raras vezes eram só duas Gaijas, outras vezes três, normalmente umas 8 ou 9. Talvez mais de 10 em dia de jogo].
Ora nós, como bons miúdos que éramos, tentávamos respeitar as grandes fãs que tínhamos conquistado. Até que a coisa chegou a um ponto insustentável...
Sempre que tínhamos de passar o treino a correr à volta do campo, lá as ouvíamos a comentar: - Aiai! Olha para aquelas pernas! Jasuus! - E o rabo daquele lá ao fundo?! - Ai, mas eu gosto mesmo é dos braços do outro... Ao mesmo tempo que, para os menos prendados surgiu um: - Ka nojo! Aquele ali é tão feio!
Para além disso, elas adicionaram no Msn grande parte da equipa. Passavam imenso tempo a falar connosco: A Louquita queria ir com o Gordo e Feio "partir lenha para o mato" [palavras dela]. A Gaija do Cão pedia ao Cavaleiro que parasse de fazer festas ao cão e para se dedicar a fazer festas a ela. A Najao chegou a namorar com o Nosso Amigo [NO COMMENTS]. A Trepa... a Trepa é uma longa história!
A Trepa não tinha net em casa. Em contrapartida, gostava muito de nós. Ela e a Louquita (que actualmente é uma grande "amiga" do Spécisale) devem ter falhado menos treinos que eu durante toda a época.
Às vezes, sob uma tempestade enorme, trovoada, ou fosse o que fosse, lá estavam elas as duas a ver o nosso treino. Outras vezes, com tardes fantásticas, trinta e tal graus à sombra e dias perfeitos para ir à praia e... lá estavam elas a ver-nos treinar!
Aquilo chegou mesmo ao cúmulo de, quando tínhamos dúvidas de quando seria o próximo treino, lhes perguntarmos a elas em vez de o fazermos ao treinador. E nisso, justiça lhes seja feita, nunca nos falharam!
Mas estava eu a falar da Trepa. A Trepa passava lá a vida. Desconfio mesmo que vivia no campo. Diz-se que era filha do Palmira, apesar de isso nunca ter sido uma afirmação 100% garantida. Ora essa Trepa não gostava nada do Nemo. O Nemo era feio [e ainda é] e gozão.
Um dia, estava o Nemo a fazer o seu trabalho correndo à volta do campo, quando repara na Trepa. Lá goza um bocadinho com ela, como era hábito. Ao que a trepa deve ter pensado "Espera aí que eu já te lixo..."
E não é que lixou mesmo?! Passado um bocado, estava o Nemo a correr à cagão à volta do campo e quando passa por ela e fica de costas, levanta-se a Trepa, sobe ao muro e vai de lhe mandar um pedregulho para cima! E acertou-lhe em cheio!
E é por todo o apoio que nos deram, por tudo o que nos fizeram [e fazem] rir e, principalmente, por terem lesionado o Nemo que faço este post como forma de agradecimento.
Por tudo isto, um Muito Obrigado sentido, Gaijas da Pardulha!
Há uns tempos atrás falei aquisobre Záguers. Qual não é o meu espanto, quando percebo que muitos dos visitantes do blog não sabem quem eles são.
Os Záguers são um espécime que costuma andar pela baixa de Coimbra. Costumam andar em grupo e só aparecem de noite. Durante o dia são pessoas perfeitamente normais. Pelo menos eu nunca vi um Záguer durante o dia. Mas se alguém tiver visto um, o caso muda de figura...
Adiante... os Záguers são seres nocturnos que andam em grupo. Normalmente são altos e forte. Costumam praguejar em voz alta, tratar os não-Záguers por "Che, mô puto!" e distinguem-se facilmente pelos esquilos que trazem debaixo dos braços ou que passeiam alegremente ao seu lado. Estes esquilos são usados, em grande parte das vezes, como arma. Como podem ver no post que vos indico na primeira frase, eu próprio já fui atacado pelos esquilos...
Ao contrário dos Mitras e dos Sangokus, os Záguers não têm uma vestimenta específica. Há um pouco de tudo naqueles grupos. Penso que o único requisito fundamental para se entrar no grupo é ir capturar um esquilo e domesticá-lo. Mas isso é bem mais difícil do que parece!
Contaram-me no outro dia durante uma viagem de autocarro, que para se entrar num grupo de Záguers é necessário passar numa prova. Essa prova consiste no seguinte, explicava-me o meu amigo: "Durante a noite, o grupo de Záguers penetra no Jardim Botânico de Coimbra. Essa é a primeira etapa complicada, porque o Botânico fica fechado durante a noite. Depois, procuram encontrar esquilos. Tem havido duas estratégias diferentes: alguns optam por procurar os ninhos feitos nas copas das árvores; outros fazem armadilhas com bolotas a servirem de isco e, quando ele aparece, tenta ganhar-lhe a confiança.Depois é simples. Se o esquilo ficar domesticado, o candidato passa a ser oficialmente um Záguer. Se o esquilo não ficar domesticado, o candidato volta a casa de bolsos vazios, pois o grupo de Záguers assalta-o."
Fiquei apaixonado por esta história. Mal eu sabia que aqui, bem perto de mim, vivia uma sociedade-discreta de Záguers que impunham provas complexas como estas para todos os que quisessem entrar no seu grupo. Não sei até que ponto isto será assim...
Já o dizia o outro:
"Yo no creo en Záguers, pero que los hay los hay!"
Estava eu a passear na nossa cidade quando me deparei com algo que me elucidou para um facto que afecta muitos portugueses, segundo se diz. E digo “segundo se diz” porque, felizmente, ainda não vivo esse drama nem convivo proximamente com as vítimas do mesmo, daí o meu espanto.
No meio de tantos transeuntes, avistei uma mulher. Simples, vestida com roupas humildes, com cabelo limpo (pelo que aparentava), mãos suaves, unhas desprovidas de qualquer conspurcação. Uma simples mulher que poderia ali estar como tantas outras, pelo mesmo motivo de toda aquela multidão. No entanto, algo nela me cativou o olhar: estava sentada à porta de uma loja, com um copo de plástico na mão. A vergonha ainda não lhe permitia apregoar a miséria em que se encontrava, nem denunciar o que lhe iria na alma. Estava ali, sentada, muda, num olhar disperso, de inveja por aqueles que ainda não a tinham percebido e que não eram seus cúmplices na pobreza.
Mais uns metros andei, termino a rua, passo uma praça, outra rua e mais outra. Nesta, porém, essa miséria já há muito tem sido partilhada e denunciada, mas naquele dia havia uma novidade: o peditório revertia a favor da arte! É verdade meus caros, a arte também se tornou agora pedinte, não por ser pobre (esperemos), mas porque a sua riqueza deixara de ser apreciada e valorizada.
Estava um senhor a esculpir parte de um tronco de uma árvore e junto a ele estava um cartaz onde constava que iria representar a “nossa região” num concurso internacional, mas como não tinha apoio estatal, solicitava ajuda para minimizar os custos de transporte e alojamento.
Comecei a reflectir na problemática associada: qual é a função do Estado? Garantir a segurança, a justiça e o bem-estar no território da sua jurisdição. Mas como é que o Estado consegue arranjar dinheiro para novos equipamentos hospitalares, pagar a médicos, professores, juízes e polícias, pagar “tretas” como o Magalhães a todos os alunos da primária e aos elementos do governo, dar subsídios de desemprego, rendimentos mínimos a quem não faz nada na vida, apoios às PME’s, pagar TGV’s e aeroportos e alimentar criminosos que têm vida boa na prisão (e agora mais uns de Guantánamo para aumentar a despesa) enquanto que os que cá estão fora se lixam?
E para ajudar à festa, agora se a gripe A decidir contaminar tudo e todos lá vai a Segurança Social pagar 65% das remunerações dos trabalhadores. E as despesas dos senhores do Parlamento? Só na renovação da frota dos doutores de alto gabarito do Estado gastou-se cerca de 1 milhão de euros (as outras viaturas tinham entre 10 e 12 anos e já davam muitas dores de cabeça em reparações). A Assembleia da República também precisava de se modernizar: como os Magalhães eram só para o ministros e assessores, os outros deputados estavam em desvantagem, era injusto. Mais 5 milhões do nosso bolso para lavar a cara ao Parlamento e dar-lhe um aspecto inovador e tecnológico.
Com tanta despesa, como é que o Estado consegues despender uns trocos para aqueles que não só fazem arte mas fazem da arte um modo de vida? Não é fácil! Onde residirá o problema? Na má distribuição das verbas aquando da aprovação do Orçamento de Estado? Talvez. Mas acima de tudo trata-se de um questão de cultura, de hierarquia de valores e de prioridades, de valorização do que é nosso, muitas das vezes apenas de bom-senso.
Ontem reuniram-se os gajos mais cultos e inteligentes do VPS (ah! E o Poulsen também foi...). Entre outras coisas, o encontro foi importante para tratar dos preparativos para o próximo Jantar de Velhas Glórias.
E parece que vai ser desta que o Maldini e o El Gordo cumprem o prometido. Para quem não se lembra estes dois idiotas foram prometer aqui que correriam a "rua toda, de uma ponta à outra só com umas meias e umas sapatilhas calçadas" caso a Académica vencesse o Benfica no ano passado.Sorteou azar, o facto é que a Académica ganhou. E o que é certo é que a promessa continua por cumprir passados 5 meses.
Por isso, temos o orgulho e o prazer de informar que quer queiram quer não, o Maldini e o El Gordo cumprirão a promessa nos próximos dias. O Maldini ainda não sabe disso, visto que está neste momento a tratar dos papéis para a sua internacionalização. Mas com certeza que vai concordar. Promessas são promessas e, como ele diz:
Lamento imenso, mas tenho de voltar a falar sobre futebol neste blog. Mas não pensem que é uma coisa de fanatismos ou de "o meu clube é melhor que o teu". Não. Falo de futebol porque notei, pela reacção do Moutinho, um ódio imenso.
Passo a explicar: neste post, pelos vistos, meti umas simples palavrinhas que geraram uma reacção que me espantou imenso. Tudo o que disse foi "PS: Forza Fiorentina!"
Eis qual não é o meu espanto quando vejo a reacção do meu amigo ao meu post. Senti uma dor no coração, senti o meu mundo a desabar. Tinha sido desmascarado:
"JoaoMoutinho disse...
Esse teu PS mete-me nojo! Tu não és português!
Metes nojo mesmo! [...]"
"Tu não és português!", atira-me à cara o Moutinho!
AHHHHHHHH! O sofrimento! A dooooooooooooor! NÃÃÃOOOOOO! Não sou português! Meu Deus! Perdoai-me Senhor, por ter torcido pela Fiorentina! Não sabia o que fazia!
Eu juro, juro mesmo que ainda um dia hei-de torcer pelo Porto ou pelo Sporting nas competições europeias para lhe provar que sou português! Oh Pátria amada, oh! Heróis do Mar, Nobre Povo... o quanto eu Te devo, Nação valente e imortal! E agora, assim, num PS dum texto a anunciar o meu regresso à Pátria Amada estrago tudo! Revelo a minha ingratidão perante o nosso grande país! Não, não mereço perdão. Deixem-me, amigos! Eu irei... partirei para um dia provar à Pátria que a amo e que estou disposto a rectificar este meu tão grave erro de, um dia, ter torcido contra uma equipa portuguesa nas competições europeias!
Eu confesso! Confesso mesmo! Torci contra o Sporting! E contra o Porto! Mas está dentro de mim e eu nada posso fazer. Já lutei com todas as minhas forças para apagar este tão grande pecado. Não posso, amigos. É mais forte que eu! Não consigo deixar de me rir quando o Paulo Bento encolhe os ombros e diz "Dranquilidad", não consigo deixar de me rir quando o Patrício sofre um frango ou quando o Bruno Alves oferece um golo ao Manchester como no ano passado! É mais forte que eu.
Ah, malvado Fado o meu, o de nascer assim com este defeito entranhado no sangue! Ahhhh! Eu confirmo, confirmo! Desonrei grandes nomes como Luís de Camões ou Fernando Pessoa que, no meu lugar, certamente torceriam pelos clubes portugueses nas competições europeias.
Mea Culpa! Mea Culpa!
Eu vou, parto agora mesmo. Vou a pé para a o Nepal, onde certamente com grandes períodos de reflexão recuperarei destes trauma e choque.
E agora confesso, já que fui descoberto. Sempre quis ser português, mas na verdade nasci na Ucrânia e fui trazido para este país quando era ainda muito novo. Sempre o meu disfarce de português encaixou na perfeição até ao dia em que o Moutinho, aqui, perante todos, me desmascarou!
Assumo perante todos a minha nacionalidade Ucraniana. E parto, agora. Parto para um dia voltar como português capaz de torcer pelas equipas nacionais nas competições europeias. Está dado o primeiro passo. Agora é esperar, reflectir, para um dia poder voltar e limpar a nódoa que deixei nos grandes nomes do nosso país, ao ter torcido pela Fiorentina...
Angie é uma das grandes canções de Rolling Stones. É uma balada.
E sim, eu sei que muitos de vocês ao verem que é dos Rolling Stones já não se preocuparão sequer em ouvir a música. Sei que há aquele preconceito, quanto a mim estúpido, de que os Stones são velhos! Sei que hoje em dia há aquela ideia de que a música tem de ser recente.
Sei porque me acontece tantas vezes mostrar uma música a um amigo e ouvir: - Eia! Isso é tão antigo!
Ao que eu pergunto: - Eu sei. Mas não é bom? Desde quando é que um requisito para classificar uma música é a sua idade?
E essa é uma das razões pela qual eu insisto em trazer-vos aqui uma música antiga. Já agora deixo-vos também uma curiosidade: aquela menina da foto em cima é, diz-se, a musa inspiradora desta bela balada. O seu nome é Marianne Faithfull.
Só podia sair uma coisa destas:
PS: Também há rumores de que esta música teria sido inspirada em Angela Bowie, a mulher de David Bowie.
Sim, voltei de um sítio que fica tão perto e tão longe ao mesmo tempo. Os posts publicados por mim durante os últimos 15 dias, devem ter reparado, já estavam feitos antes de eu ir e foram colocados pelo Ranhoca.
Tenho muita coisa para contar, muitas ideias para discutir e partilhar convosco. Foram 15 dias sem Internet e com muito poucas notícias de Portugal. Logo que me seja possível (nos próximos dias, provavelmente) contar-vos-ei tudo aquilo que descobri nos últimos tempos.
Por agora, tenho muito pouco a dizer: 1 - Obrigado Maldini e, principalmente, Ranhoca, por terem conseguido manter esta Selva bem viva nesta quinzena sempre difícil para os blogues... 2 - Ontem, mal pus o pé em terras portuguesas recebi várias mensagens: "O Benfica está a dar 6 a 0 e ainda faltam 15 minutos!"
"Que rolo compressor andou hoje na Luz? O Jesus tem carta para conduzir aquilo??"
Eu o que acho giro nos defensores do socas daqui é que se limitam a dizer que o socas, tadinho, é vítima das cabalas e das campanhas negras e etc e tal. Entretanto continuam sem responder ao atoleiro de casos em que ele está envolvido. Para lá da fé - acredito no homem e tal - respostas concretas aos casos fripó, «licenciatura», TRÁFICO DE INFLUÊNCIAS COM O PROF MORAIS DE 4-CADEIRAS-4 QUE ELE DISSE QUE NÃO SE LEMBRAVA DE QUEM ERA QUANDO JÁ O CONHECIA ANTES, CASO DAS CASINHAS COVILHÃ-GUARDA, CASO DO ENVOLVIMENTO DE FAMILIARES EM PROJECTOS PÚBLICOS (VIDE FRIPÓ), CASO DA MISTERIOSA MANIA DE TAIS FAMILIARES EMIGRAREM PARA PAÍSES TÃO ESTRANHOS COMO A CHINA E ANGOLA, CASO ATERRO COVA DA BEIRA, CASO DA COMPRA DO APARTAMENTO POR METADE DO PREÇO, CASO DA REFORMA DA SANTA MÃEZINHA, UFF, PARA SÓ CITAR ALGUNS E NÃO FALAR NA SUSPENSÃO DO JORNAL DE SEXTA, NA PERSEGUIÇÃO AO BLOGER DO PORTUGAL PROFUNDO COM RESPECTIVO PROCESSO (ABSOLVIDO), CASO DO PROCESSO A JORNALISTA DO DN POR DELITO DE OPINIÃO, UFFFFF,SOBRE TUDO ISTO, DIZIA, os crentes deste ingenheiro de fancaria dizem ZERO, NADA, UM RUIDOSO SILÊNCIO. E um caso apenas destes todos que fosse, em qualquer país civilizado já teria dado DEMISSÃO. E não é um - são boés. Infelizmente a qualidade da nossa democracia é muita fraquinha e, de facto, assim nunca iremos a lado nenhum, pobre Portugal!
23 de Setembro de 2009 23:58