domingo, 7 de fevereiro de 2010

A viagem na cabeça


"Do meu quarto andar sobre o infinito, no plausível íntimo da tarde que acontece, à janela para o começo das estrelas, meus sonhos vão por acordo de ritmo com a distância exposta para as viagens aos países incógnitos, ou supostos, ou somente impossíveis."
de Bernardo Soares

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Há coisas estranhas...

Ontem à noite vi este anúncio no facebook de um amigo:



Achei-lhe piada mas acabei por ficar um bocado desiludido. Pensei que, como é costume nestas coisas ambientalistas, nos mostrassem o quão dramático pode ser usar um saco de plástico a mais, quanto tempo demora a "desaparecer"... enfim, uma coisa que chocasse mais. Tal como estamos habituados. Afinal de contas saiu-me um vídeo de certa forma cómico sobre um tema bem sério.

Pensei para mim: "estes gajos passaram-se. Acho que com aquela coisa do drama habitual (e real) conseguem mobilizar muito mais pessoas do que a fazer humor..."

Hoje fui ao Continente e, pela primeira vez senti uma enorme vontade de comprar um saco de pano em vez de trazer aqueles sacos todos de plástico. Talvez pela abordagem diferente (da qual eu até nem gostei muito), não sei... o certo é que resultou. Se resultar com mais uma pessoa graças a este post, já ficarei contente. Porque essa pessoa pode fazer com que resulte com outra. E a outra com ainda outra...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Uma situação deveras preocupante, por Mau-Maria!


Neste meu regresso das trevas, do mundo escuro e triste dos exames, venho trazer-vos mais uma preocupação. Lamento por vocês e por mim, mas como isto é um blog sobre tudo (ou um blog sobre nada) e é, sobretudo, um espaço de partilha, aqui vai:

Isto do blog é tudo muito bonito. Acontece que tenho ganho bastantes "inimigos". Começando pelo Niga, passando pelo Teixeira e por uns quantos mitras e sangokus, a coisa foi-se tornando cada vez mais negra.

O que me traz aqui hoje é a vontade de tanta gente em esfregar-me na cara as coisas que aqui vou escrevendo. Qualquer dia acontece-me o mesmo que ao Mário Crespo, à Manuela Moura Guedes...

Esta preocupação tem-se acentuado nos últimos dias:

Tenho muitos benfiquistas a dizer que no final da época cá virão "re-postar" as minhas bocas quando o Jesus assinou pelo Glorioso (Argolinhas e Pablito10 foram os que demonstraram a maior sede de vingança). Do mal o menos. Esta é aquela profecia que eu espero que se realize...

Por outro lado há os portistas que cá vinham comentar todos os textos sobre futebol. Esses são "inimigos" crónicos. Curiosamente, estes ficaram sem vontade de comentar as escutas ao Dr. Jorge Nuno que, já se sabe, nada provam. Dentro desta vasta fauna destaco os sempre irados PMinistro e El Gordo.

Numa espécie em vias de extinção aparece-me também o Gordo e Feio que, sempre que a conversa é sobre futebol, tem a opinião contrária à minha.

Mas não é isto que me tem preocupado. A espécie protegida que me inquieta é a dos zebordinguistas. Aqui destaco elementos desaparecidos destes meios, como o Moutinho, o Pitt, o JB... Lembro-me perfeitamente que o Moutinho chegou mesmo a dizer que me "ia esfregar na cara tudo o que eu tinha escrito de mal sobre o sporting". Porque o zbording ia dar a volta por cima, claro está.

E é este o clube que me tem impedido de dormir. Polémicas à parte, não é bom saber que estes fanáticos têm como figuras do clube o temível boxeur Sá Pinto e o enorme Levezinho. Perante as contratações de Inverno (sim, o clube onde não havia dinheiro foi o que mais gastou a nível europeu no mercado de inverno, salvo erro...) comecei a temer que esta ameaça do Moutinho [o do blog, penso que o outro ainda não ameaçou ninguém] se tornasse realidade.

E é por isso que o medo me tem acompanhado. Ao ponto de nem conseguir dormir. Dou-vos um exemplo: tinha dois exames na Quarta-Feira e não preguei olho a noite toda. Não sei bem porquê, passei a noite com uma música a ecoar dentro da minha cabeça. Deixo-a aqui para que possam tentar decifrar o porquê da minha noite mal passada:


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

9


Espero. Não. Nem espero nem já despespero.

Estou aqui prostrado à espera que a vida, ou a morte?, decida o que fazer comigo.


Estou preso. Preso à realidade que a minha vida é real como ela é. Que só posso voar enquanto durmo, que só ganho asas enquanto sonho. E quando me drogam. Eu não preciso daquilo. Não me apaga as dores mentais, só as físicas. Não me serve de nada, estou a morrer. Vou morrer às 22h de dia 7. está quase já me vou poupar de todo este sofrimento, de todo este martírio, desta espera, deste desespero, de não saber o que querem de mim, porque não me poupam. Quais os desígnios daqueles que podem mudar o mundo? Não o mundo, mas o meu mundo. Não que possam fazer muito vou morrer mas nem me tiraram estas correntes Estas correntes que me prendem... Que não me deixam sair o pequeno do quarto do vão da escada. Está outra vez de castigo. O senhor da casa havia-o apanhado a ler o jornal, ou a tentar, supunha ele. Só os escolhidos podem ter educação. Olha para ti, achas mesmo que és um deles? Vais para a despensa e só sais de lá quando eu me lembrar que me esqueci de ti, falava o homem com a altivez e arrogância de um dos homens do Regime. Os Homens. Aqueles que proclamavam a necessidade de um mundo melhor, onde tudo é como devia ser. A pobre mãe do rapaz é que não está como devia ser pobre coitada a chorar e a trabalhar a trabalhar e a chorar Não tem por onde sair do buraco onde se meteu a ela e ao seu filho.


Quem sou eu O que sou eu Onde estou eu Quando estou eu. Não sinto não cheiro não vejo não ouço. Sou quase nada e a data deve estar a chegar. Finalmente vou para a guilhotina, mostrar-lhes que nem tudo é como eles querem. Quero. Cigarro. Já. JÁ!


Meu Deus, devo estar louco...

8


Será que é esta a sensação de não sentir Não sentir Fico isolado do mundo mas quando deixei de o fazer


Já não sei quem sou o que sou o que serei Nada serei mais o que seria de mim Quem seria eu se não morresse Dava tudo para me redescobrir partir em busca de mim do mundo do que sou partir para fora fora desta prisão deste país que me retém refém Partir para a Ásia para a Europa para onde quer que seja fora apenas fora daqui Queria apenas saber quem sou ir-me embora daqui Farto das pessoas das ideias das hipocrisias que vivo todos os dias


Já nem sinto por isso para quê Não sinto o mundo à minha volta mas a diferença não é grande já teria eu deixado de sentir Será que sentimos no nosso dia-a-dia Na vasta intensidade e fluxo de sentimentos de responsabilidades do quotidiano em que todos temos mil e uma coisas para fazer a velocidades inacreditáveis em que pura e simplesmente não paramos Não paramos para pensar para sabermos quem somos para sentirmos o que somos Mas não é o fim


Quanto tempo faltará Quanto tempo faltará para a minha execução para o extermínio da minha identidade da minha humanidade? Para o fim?

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