segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Há sempre um copo de mar para um homem navegar


No dia seguinte parti de manhã para o Centro. Andei a visitar aquilo e pedi a uns senhores para me tirarem uma foto – senão ninguém acreditava que eu lá tinha estado! Eles tiraram. Foi no Mercadão, o mercado municipal de São Paulo, que isso aconteceu. A dimensão é impressionante e a quantidade de pessoas que o frequentam assustadora. Um local fantástico que passa despercebido a tantos turistas...

No monumento seguinte voltei a encontrar os mesmos dois senhores. Aí eles vieram falar comigo… Eram de Curitiba mas estavam a viajar por São Paulo. Um deles tinha vivido em Coimbra. Convidaram-me para continuar a viagem com eles. Eu fui. Mostraram-me coisas que eu nunca veria se andasse sozinho. Foi em grande parte graças a eles que a viagem se tornou tão especial.

No Domingo fui ao Museu de Arte de São Paulo. Muito bom mesmo. El Greco, Van Gogh, Picasso, Monet, Manet entre tantos outros grandes nomes. E uma mostra de fotografia cinematográfica espectacular. Valeu bem os 3 euros do bilhete...

Segui para a Bienal de Arte que é algo de fabuloso. Tem como slogan a fantástica frase: "Há sempre um compo de mar para um homem navegar". E há mesmo. Diverti-me imenso. Passei lá a tarde toda...

A obra mais polémica da Bienal.

Quando saí vi que havia um concerto do Gilberto Gil.
- Quanto é o ingresso?
- Para estudantes 6 euros.
- Então quero um!
- Ah… estão esgotados.

QUE NOJO! ESTIVE PERTO DE LHE DAR UM MURRO, JURO!!!!

Insisti. Perguntei se não havia maneira nenhuma de arranjar bilhetes e ela disse que não. Fiquei conformado. Mas estava tão cansado que estive deitado na relva a descansar, perto da sala de espectáculos. Entretanto já era hora do concerto. Fui lá na mesma e… CONSEGUI OS BILHETES!

Tickets!

Vi o concerto do Gilberto Gil – que raramente dá concertos – e de outros artistas que tocavam com ele. A certa altura entram uma espécie de pauliteiros de Miranda brasileiros que deram um show dos diabos. Entraram pelo meio do público e subiram ao palco. Foram aplaudidos de pé. Mais até do que o próprio Gil...

Mas a parte gira vem agora: eles voltaram a sair pelo meio do público. E não é que o público começa a sair atrás deles? Resultado: o concerto continuou por mais meia hora fora da sala de espectáculos! Ficou tudo a dançar à volta deles… incrível! 6 euros, lembram-se?


Ainda fui à Avenida Paulista. Jantei por lá enquanto lia o guia que comprei de Buenos Aires. Há que preparar a viagem seguinte, né?

Entretanto, a tentar voltar para casa entrei num autocarro que dizia Continental. Devia ter apanhado o Parque Continental. Resultado: perdi-me em São Paulo. Tive de pedir ajuda a uns polícias para me ajudarem a dar com a rua... imaginem o susto! Não é propriamente o mesmo que perder-me a ir para casa do Ranhoca em Vila-Pouca-do-Campo. É algo um bocadito maior, mais perigoso e mais imponente...

Mas tudo correu bem. Dormi e no dia seguinte estava de volta ao Rio.
Rio esse que me pareceu uma cidade pequeníssima e sem movimento...

[Os senhores de Curitiba que conheci em São Paulo vão, dia 7, buscar-me ao aeroporto e mostrar-me a sua cidade. País de gente fantástica, este, hem?!]

2 comentários:

Mafalda Delgado disse...

Gostei muito!! Que inveja! A minha grande viagem só começa dia 20! Aproveita :) beijinhos

Titi disse...

tu tens uma borra =D.. mas nao imaginas como fico contente por te estares a dar bem por ai.. mas se estivesse no teu lugar queria aproveitar mais que tu..apesar de ter a certeza de que nunca iria para outra cidade sozinho..

ÉS O MÁIOR!! =P

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