sábado, 26 de novembro de 2011

Mais um animal que descobriu o fogo


Ontem, a propósito da rede de segurança que separou os adeptos do Zbordém do resto dos adeptos escrevi isto:
"Não entendo mesmo essa polémica. Por uma simples razão: a "jaula" visa isolar as claques adversárias do resto do estádio. Estou farto de ver as cenas vergonhosas que tenho visto neste tipo de jogos. As claques são compostas por verdadeiros animais e é como tal que devem ser tratadas. Se os adeptos do benfica e do sporting que fossem ao estádio fossem como eu ou como tu [pessoas que gostam do seu clube mas que são incapazes de andar a partir cadeiras, a atirar pedras etc.] entendia-se a indignação, agora neste caso não posso entender. É óbvio que por causa do pecador paga também o justo, mas é difícil fazer a distinção nestes casos. Para mim neste tipo de jogos era "jaula" neles todos, sejam do benfica, zbordém, porto, braga ou académica... enquanto não metem uns quantos na jaula que de facto mereciam ;)"

Hoje, no final do jogo, vejo que esses mesmos adeptos incendiaram o Estádio da Luz. Se deveriam ser tratados como pessoas? Talvez... mas só se fosse para os meter na prisão.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Facebook cada vez mais assustador


O Facebook assusta-me e vou começar a ter cada vez mais cuidado com ele. Esta é a razão por que escrevo este texto. Sempre me fez um bocado de confusão esta coisa de estar a disponibilizar bastante informação sobre mim, os meus amigos e a minha vida na internet. 

Comecei por aderir ao Facebook por estar curioso com a febre da altura, o jogo FarmVille, e acabei por achar piada à coisa. Esta rede social permitiu-me ter contacto quase permanente com muitos amigos que se encontravam afastados fisicamente e tornou-se um importantíssimo meio de divulgação - o que, para quem estuda Gestão e tem uma paixão pelo Marketing e a Publicidade é algo interessante. E, mais do que isso, foi uma ferramenta essencial durante o período em que estive em intercâmbio no Rio de Janeiro, porque me permitia partilhar quase em tempo real aquilo que vivia do outro lado do oceano.

Desde sempre se soube que a disponibilização de informação na internet nos deixa automaticamente, permitam-me a expressão, "cadastrados". Mais: sabemos que tudo o que fazemos na internet deixa rasto. A questão é que o Facebook permite a todas as pessoas que são suas "amigas" (também aqui o termo me parece bastante discutível, uma vez que de 1000 "amigos" numa rede social uma pessoa aproveita 5 (?), 10 (?) na vida real) saibam de onde se escreve, há quanto tempo, onde se foi na noite anterior, o que se fez no dia X etc. Ora se eu não conto onde estou em cada momento aos 10 amigos da vida real, por que raio o dizemos permanentemente a esses 10 e aos outros 990 que são só "amigos" - leia-se "conhecidos".

Mas o que me levou a escrever este texto é aquilo que me leva, de hoje em diante, a reduzir imenso a minha actividade no Facebook. Não sei se todos os utilizadores já terão reparado, mas no canto superior da página aparece uma caixinha que diz A CADA SEGUNDO o que CADA UM dos seus 1000 amigos fazem naquela rede social - desde meter gosto na foto de outra pessoa que eu nem preciso de conhecer, a um comentário feito numa outra página qualquer, passando pelas novas relações de "amizade" que se estabelecem. Tudo isto SEGUNDO A SEGUNDO. Para mim foi a gota que fez transbordar o copo.

É um excesso de exposição, uma violação de privacidade. Por isso, de agora em diante, Facebook apenas como instrumento de divulgação ou conversas privadas. Pelo menos até que toda a gente se revolte contra a, como foi baptizada por um amigo, "caixinha da cusquice". E que esta desapareça...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A romper com o passado (e com o ligamento)


Foi no Sábado passado que rompi definitivamente com o ligamento. Uma pessoa tem de ter saber dizer basta e, como a nossa relação já estava demasiado desgastada, decidi ver-me definitivamente livre dele. Afinal de contas que sentido faria continuar com alguém que nos magoa diariamente?! 

Falo do ligamento cruzado anterior do joelho direito, claro está. É importante clarificar isso uma vez que, poligâmico como sou, desejo muito manter estáveis as relações com todos os outros ligamentos do meu corpo...

Para romper uma relação de 21 anos, tive de recorrer à ajuda de especialistas neste tipo de coisa. Decidiram que a melhor maneira de romper definitivamente com tudo era tendo os dois especialistas por perto, ou seja, que eles próprios tratariam de tudo. Mas, para isso, eu tinha de me manter acordado, porque não podia retirar completamente de mim a responsabilidade de uma separação destas, claro está...

E assim foi... iniciámos com o ligamento uma conversa que durou cerca de duas horas e pouco. Confesso que foi tão longa que eu, cansado por só ter dormido uma hora na noite anterior, acabei por adormecer. Quando acordei percebi que devia ter havido alguma discussão. O ligamento não concordava com a separação. Tivemos, portanto, de avançar para o divórcio litigioso. 

Por essa altura só ouvia os dois especialistas a trocarem palavras como "Ora bolas... estava aqui. Será que esteve aqui desde o início e nós não o vimos?". Percebi, então que o ligamento andava a esconder-se, como é tão habitual em pessoas que têm algum peso na consciência. Foi com um misto de alívio e de susto que o ouvi a dizer "Não sei... mas corta, corta lá isso de uma vez!". E assim se consumou a quebra total.

O pior veio depois, durante dois dias, como é hábito neste tipo de coisas. Uma pessoa habitua-se a viver com um ligamento durante 21 anos e acaba sempre por sentir a sua falta... cheguei até a meter-me na droga para esquecer a dor, mas o pior momento foi quando sabia que não podia consumir mais, sob risco de overdose, e mesmo assim a dor não passava. Foi uma relação demasiado intensa durante tantos anos...

A partir daí a coisa melhorou. Comecei a conviver mais com os meus dois vizinhos - um deles também acabado de romper a relação com um ligamento (e, ainda por cima, depois de se ter zangado com o menisco) - e cada dia, cada passo, cada movimento sem o meu outrora querido ligamento era uma batalha. Foi importante o parceiro de luta, Sérgio, que, como eu, sofria imenso a cada gesto. Nesta altura valeram-nos o sabor a vitória no final de cada batalha e o sorriso causado pelo Sr. João, o outro companheiro de batalha, sempre preocupado em elevar o moral das tropas.

A guerra será longa - relações tão duradouras não se esquecem facilmente - e só vencendo batalha a batalha poderemos ganhá-la. Por agora ficam ainda as dores naturais neste tipo de separação e a convicção de que daqui a seis meses já não precisarei de me lembrar diariamente do ligamento cruzado anterior do joelho direito...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Todos juntos agora!


Numa televisão com programas tão fraquinhos e com anúncios tão mauzinhos... eis que chega uma daquelas campanhas de propaganda que vale a pena destacar.

O mérito é da Optimus e da sua campanha alicerçada na música "All together now", dos Beatles. Já gostava do primeiro anúncio da série, mas tenho gostado principalmente dos desenvolvimentos. Serve o presente post para vos apresentar a campanha e os vídeos disponíveis até ao momento. Nos "duetos improváveis" acho que há um claro destaque para a "dupla" Carminho/Moonspell. Fica, portanto, o meu aplauso:

 "All together now":


"Duetos Improváveis: Carminho e Moonspell":

"Duetos Improváveis: Manuel João Vieira e Mónica Ferraz":

"Duetos Improváveis: Rui Reininho e Quim Barreiros":

"Duetos Improváveis: Mind da Gap e Avô Cantigas":

sábado, 12 de novembro de 2011

Ficção científica... sem a parte da ficção.


Deixo o link para o vídeo que me deixou de boca aberta. Já é, creio, de há dois anos... mas continua muitos anos à frente do meu tempo. 

Faz-nos acreditar que é um daqueles filmes de ficção científica... mas sem a parte da ficção. É que isto é bem real. São 8 minutos, mas garanto-vos que valem a pena.

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