Há uma infinidade de factores que condicionam a vida de um futebolista. Mas a história que hoje vos vou contar é a de um rapaz que não jogava por outros motivos. O seu nome era Ranhetti e era conhecido pela sua velocidade e técnica. Todos viam nele um rapaz com bastante potencial, claramente o melhor jogador do VPS.F.C.
Contudo, o Ranhetti raramente jogava. O treinador elogiava-o, tratava-o bem, incentivava-o, mas quando chegava o dia do jogo, ia invariavelmente para o banco de suplentes. Mais: o Ranhetti raramente chegava a aquecer para entrar em campo!
Alguma coisa de estranho se passava. Ele era um grande jogador e ainda por cima dava-se bem com toda a gente, estava sempre divertido e animava toda a gente. E é AQUI que a história se resolve.
É verdade, o Ranhetti não jogava, confessou-mo um dia o treinador, porque era um jogador especial. Era um jogador inteligente, divertido, animado. “Mas isso não é bom?”, perguntam vocês.
É bom, é claro que sim! E o treinador pensava da mesma forma. Mas tudo tem uma explicação e agora que já criei suspense suficiente vou explicar-vos qual era o problema, para o treinador, de o Ranhetti ser inteligente, divertido e animado.
Ora então o que se passava era o seguinte:
O treinador num dos primeiros jogos do campeonato meteu o Ranhetti aos 75 minutos, quando estava a perder 1 a 0. O jogo ficou 2 a 1, com um golo e uma assistência do Ranhetti. Toda a equipa estava satisfeita. Toda? Não. Havia uma pessoa para quem aquela vitória não tinha sido suficiente: o treinador.
Ganhou o jogo, é verdade. Mas nesses minutos em que o Ranhetti esteve em campo ninguém teve uma conversa interessante no banco. Limitavam-se a falar de futebol e de gajas! Nesses minutos o treinador sentiu um vazio. Faltava lá o Ranhetti. De que servia, afinal, ganhar jogos se ele não tinha prazer em estar a exercer as suas funções? E era isso que acontecia quando o Ranhetti não estava no banco. Não havia um motivo de risota, uma única conversa inteligente.
A partir desse dia, nunca mais o Ranhetti entrou em campo. Por uma vez o treinador mandou-o aquecer para entrar. Escusado será dizer que passado uns segundos já estava novamente sentado no banco.
E esta é a história do Ranhetti e de tantos outros jogadores que são inteligentes de mais para poderem ganhar milhões. É por isto que o grande requisito para que alguém se torne num grande jogador continua a ser ter um QI bastante próximo do zero. Os jogadores que conseguiram triunfar apesar de ser inteligentes usaram sempre um trunfo: nunca falar quando estavam no banco, ou então dizer apenas parvoíces.
Algum de vocês, se fosse treinador, aturava uma conversa entre o Cristiano Ronaldo e o Jardel? Claro que não! Queriam era ver-se livres deles!
«Lá pa dentro, já! Fiquem a avançados, bem longe do banco de suplentes! E, se não for pedir muito: não falem, sim?»
6 comentários:
Este é dedicado ao joão moutinho e ao ranhoca ;)
Eu sei bem onde foste buscar a inspiração para esta historia xD
qnd comecei a ler ainda pensava q ias falar sobre dois jogadores q n se encaixam completamnt nas posiçoes centrais d meio campo..posiçoes q lhs sao completamnt desconhecids i ond nnca fizeram a diferença..lateral i ponta e smp mt mlhr =P
abraço..sabs qm sou
titi;)
que falta de nível.. Então isso significa que TODOS os treinadores são inteligentes, porque reconhecem uma boa conversa e mantêm os jogadores inteligentes no banco, não os deixando singrar no futebol.
Quanto a isto: Zema Nélé.
Atenção! O Andrew Lagger que é sempre espicaçado e denegrido é o treinador que conheço que mantinha o maior nível intelectual no banco! Só um pequeno cheirinho: Alfacinha, Maldini, Mau-r-à-dona, Argolinhas ou El Gordo, Poulsen...
Ahah, era este o Post.. lool
muito bem me falaram dele e admito que está de facto muito fixe
peço desculpa ao blog por me ter eclipsado nestes ultimos tempos
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