Entra na sala e espera que todos os alunos entrem. Desloca-se até às janelas e fecha-as. Às cortinas também. Vai até ao interruptor que ficava ao lado da porta e desliga a luz. Fecha a porta. Os alunos estavam perplexos. Só se ouve o barulho dos passos. De repente um grito agudo irrompe de perto do quadro e uma lanterna é apontada à cara do professor. Apresentou-se. E naquele ambiente fantasmagórico contou-nos a história do “Supervulcão”, que está prestes a explodir e que deixará todo o mundo sem sol durante um mês, devido aos gases e poeiras expelidos. 90% da população mundial ia morrer. Provavelmente muitos de nós não faríamos parte dos restantes 10%.
Voltámos a casa aterrorizados… Não sabia dizer ao certo se me assustava mais o facto de rebentar o supervulcão ou se saber que ia ter de aturar aquele louco durante um ano lectivo. De qualquer forma era assustador.
Com o passar do tempo fomo-nos habituando ao estilo e hoje em dia é dos poucos professores daquela escola que cumprimento com prazer se o vir na rua. Era um homem de ciência, mas ao mesmo tempo um patriota. Não foi uma nem duas vezes que o ouvimos dizer a um aluno:
“Jovem! Jovem, não diga isso! Não se diz Messenger! Somos portugueses, jovem! É o Mensageiro e não o Messenger. Não usem estrangeirismos! Certo? Bem… mas agora que isso já está esclarecido vamos usar o nosso “know-how” para fazer o “by-pass” para uma nova matéria…”
Quem é que não gostava de ter um professor assim?
2 comentários:
Vi-o na quarta, cumprimentou-me dizendo : Então jovem , tudo bem ? xD
É graças a ele que cumprimento sempre as pessoas dizendo : Prazer jovem :P
Ah só uma coisa que não percebo ! PK raio o titulo : "Pedro Pirata" ??? A gozar comigo como sempre n é ?
Grande Homem... Se eu vier a ser um empresário de sucesso faço uma tese sobre o super vulcão.
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