Mas retomemos o tema: o meu amigo Quasimoduz (leia-se Quasimodús). Quando procuro descrevê-lo penso que esta não é a melhor maneira para começar. Mas era até desrespeitoso para o Quasimoduz (leia-se Quasimodús) não falar na sua inseparável mochila.
O Quasimoduz (leia-se Quasimodús) é um dos participantes do blog. Desde pequenos que jogamos juntos e com o passar dos anos fomos criando, tal como com todos os outros que fazem parte deste grupo, uma relação brutal.
Para falar deste habitante da selva vou escolher alguns episódios que penso que o descrevem na perfeição.
Como jogador, o Quasimoduz (leia-se Quasimodús) tinha algumas características engraçadas. Com a sua mochila e a sua corrida desengonçada, o Quasimoduz (leia-se Quasimodús) tinha como característica mais assumida e divertida o facto de jogar a lateral-direito e raramente conseguir cruzar uma bola pelo ar. No entanto era super eficaz. Era aquele tipo de jogador que irrita os adversários: passava o jogo a gozar com eles e a picá-los e deixava-se ultrapassar 10 vezes, mas aparecia sempre novamente à frente deles quando eles pensavam que já se tinham safo daquele idiota. E passava o jogo a correr, criava imensos lances de perigo…
Outra das grandes características do Quasimoduz (leia-se Quasimodús) é que ele é apaixonado pela académica. Mas um dia teve de a deixar. Foi jogar para uma equipa a que vou dar o nome fictício de “Vaipaselva”. Num momento crítico da época, o presidente do Vaipaselva entra no balneário e faz um discurso no qual pede mais amor à camisola. Nesse dia o Quasimoduz (leia-se Quasimodús) sai do balneário a cantar músicas dedicadas ao clube. Durante o resto do treino, com o presidente a ver, não parou um segundo de cantar “Nós somos da Selva e este é o nosso Fado, por ti eu vou sofrer, para te ver vencer... eu sou alucinado!” ou “Fugi de casa, mulher deixei e o Vaipaselva sempre amarei…”. Por alguma razão - que ninguém percebeu - o presidente não achou grande piada às manifestações de amor do Quasimoduz (leia-se Quasimodús) pelo clube. Misteriosamente perdeu o lugar a titular. Estranhamente deixou o Vaipaselva…
Uma última história do Quasimoduz (leia-se Quasimodús) que vos deixará com a perfeita noção da personalidade do homem: o Quasimoduz queria ser médico. Sempre teve esse sonho. Mas no cadastro conta já com um desrespeito a um símbolo nacional (riu-se perante o hastear de uma bandeira portuguesa) e foi, um dia, apanhado a correr na rua só de sapatilhas e meias. Isto diz-vos alguma coisa?
Deixo-vos com a música do Quasimoduz (leia-se Quasimodús) que para sempre nos acompanhará:
É o número 2
Finta e cai depois
A correr parece uma avestruz
Ele é o Quasimoduz!
PS: Muito mais teria para contar. Muitas histórias poderiam ser aqui colocadas. Mas o objectivo destes textos sobre os habitantes da selva não é dizer bem das pessoas, mas sim mostrar o lado mais cómico das mesmas... Talvez noutro dia vos conte histórias que vos deixariam com uma melhor impressão do Quasimoduz (leia-se Quasimodús).
5 comentários:
parecia fácil como ele passava por todos! foi o quasimoduz que fez um golo do meio-campo nos escolinhas ao marialvas nao foi?
Falhaste no parágrafo antes da música: esqueceste-te do "(leia-se Quasimodús)"!
MEU.. quero provas de que esse tipo andou praí só de sapatilhas e meias
Ainda não andou...
Gordo e feio parecia? Não tens ido vê-lo jogar por esses pavilhões fora decerteza...
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