Nem de propósito... depois de tantos nomes elogiosos, parece que hoje somos a Geração Parva:
"Acho parvo o refrão da música dos Deolinda que diz «Eu fico a pensar, que mundo tão parvo, onde para ser escravo é preciso estudar». Porque se estudaram e são escravos, são parvos de facto. Parvos porque gastaram o dinheiro dos pais e o dos nossos impostos a estudar para não aprender nada.
Já que aprender, e aprender a um nível de ensino superior para mais, significa estar apto a reconhecer e a aproveitar os desafios e a ser capaz de dar a volta à vida.
Felizmente, os números indicam que a maioria dos licenciados não tem vontade nenhuma de andar por aí a cantarolar esta música, pela simples razão de que ganham duas vezes mais do que a média, e 80% mais do que quem tem o ensino secundário ou um curso profissional.
É claro que os jovens tiveram azar no momento em que chegaram à idade do primeiro emprego. Mas o que cantariam os pais que foram para a guerra do Ultramar na idade deles? A verdade é que a crise afecta-nos a todos e não foi inventada «para os tramar», como egocentricamente podem julgar, por isso deixem lá o papel de vítimas, que não leva a lado nenhum.
Só falta imaginarem que os recibos verdes e os contratos a termo foram criados especificamente para os escravizar, e não resultam do caos económico com que as empresas se debatem e de leis de trabalho que se viraram contra os trabalhadores.
Empolgados com o novo ‘hino’, agora propõem manifestar-se na rua, com o propósito de ‘dizer basta’. Parecem não perceber que só há uma maneira de dizer basta: passando activamente a ser parte da solução. Acreditem que estamos à espera que apliquem o que aprenderam para encontrar a saída. Bem precisamos dela."
Isabel Stilwell, directora do jornal gratuito Destak
Mais palavras? Para quê?
2 comentários:
Então e não falas do Socras?? Assim não tem piada =P
Essa senhora tem piada, nós realmente é que só somos habilitados a arranjar desculpas e queixas. Que brincadeira. Realmente as pessoas que têm um curso superior ganham mais que as restantes, mas são as pessoas com cursos superiores que trabalham. Só falta dizer que é por nossa causa que a crise existe.
Só não percebo porque é que se liga tanto ao artigo desta tonta. Trata-se de uma anedota ambulante que tem um programa na rdp1 com um outro tonto, um eduardo sá. Assim que ouço o indicativo daquele lixo de programa, levanto-me o mudo de estação. Descobriram só agora a idiotice e estão admirados?
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