domingo, 5 de dezembro de 2010

SP ou um paraíso diferente, escondido sob a capa dos prédios?

  
 Sala São Paulo - concerto de 44 reais visto de graça.

Ando sem tempo para isto. Conto actualizar tudo, contar todas as histórias quando voltar a Portugal. Até lá, uma vez que ninguém dá a mínima ajuda - e nisto dispenso todos os que estão em Erasmus, porque, de facto, é difícil arranjar tempo - o blog vai andando morto.

Acontece que há umas semanas fui para São Paulo, aquela cidade com tão má fama em Portugal. Conto aqui parte da história dessa minha aventura...

Na quinta-feira 11 de Novembro às 17 horas tinha desistido de tentar arranjar companhia para ir para lá. Estava quase decidido a não ir. Até que, qual louco, desci as escadas e comprei o bilhete de ida e volta. Fui sozinho para uma cidade com… VINTE E DOIS MILHÕES DE PESSOAS!!!!
Parti na Sexta-Feira de manhã. Cheguei às 14h. Ia para casa de um amigo do Caótico que, por sua vez, viria passar o fim-de-semana ao Rio. Ele mandou-me mensagem a dizer para “apanhar o metro até à consolação e depois um táxi para o Butantã”.

Metro de São Paulo.

Mal entro no metro fico louco. Aqui no Rio O RECORD (!!!) de pessoas no metro num dia é de 670 mil pessoas. Eu achava imenso. Até que vejo lá o seguinte: “Diariamente viajam no Metrô São Paulo, EM MÉDIA, 3 MILHÕES de pessoas”!!!!!!!!!

Acho que diz tudo, não?

Consegui chegar ao sítio certo. Quando chego à Avenida Paulista fiquei novamente espantado. Aqui no Rio os carros aceleram quando as pessoas atravessam a estrada nas passadeiras com o sinal vermelho. A Soraia descreveu isso muito bem quando cá veio: “Que raio de cidade. Os carros só porque são mais fortes que as pessoas usam esse poder. É mesmo a lei do mais forte.”

As pessoas são "mais fortes" que os próprios carros.

Em São Paulo acontece o mesmo. Só que ao contrário! Há TANTA, mas TANTA gente que as pessoas se tornam mais fortes do que qualquer carro. A massa humana é tanta que são as pessoas que passam continuamente mesmo com o sinal verde para os carros e esses, coitados, têm de parar…
Entretanto cheguei lá a casa do amigo do Caótico e ele ainda lá estava. Aconselhou-me um concerto na Sala São Paulo, que é lindíssima. Custava 44 reais (20 euros). Para ver música clássica. Decidi ir na mesma. O concerto começava às 20h e eu cheguei lá às 20h sem bilhete!


Pedi um ingresso e a senhora diz-me:
- Ah, tome este. É uma doação.
- Uma doação???
- Sim, houve um senhor que não podia vir ao concerto e deixou cá para quem quisesse…



Foi só uma tarde. Mas o melhor estava para vir...

2 comentários:

Caótico disse...

Essa do bilhete vai ficar pra memória tendo sido tão inesquecível quanto a viagem, hein?

Anónimo disse...

E o que é que se passou depois? Se o blog tem cenas dos próximos capítulos há que escrever rápido porque os clientes estão à espera....
Yaúca

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