sábado, 17 de abril de 2010

MACACO!


MACACO! Esta é a palavra que choca todo o mundo. A imprensa brasileira está super indignada porque houve um jogador que foi racista durante um jogo... incrível! O sacana do racista chama-se Manoel. O destaque em todo o lado é algo do género:
"Manoel cospe em Danilo e chama ele de macaco!"

Achei curioso e decidi ir ver quem era o porco sujo do Manoel. Ao ver o vídeo chego à conclusão de que o que se passou foi o seguinte:
1º - Danilo dá uma cabeçada no Manoel depois de uma discussão.
2º - Manoel, furioso com a cabeçada, cospe no Danilo e chama-lhe macaco.
3º - Danilo pisa Manoel depois de este sofrer uma falta.
E aí surge-me uma dúvida que já tenho há muito tempo: é o racismo mais importante que tudo o resto? 
É discriminação? Sim, é. 
Não se deve fazer? Não, é óbvio que não.
Mas até que ponto isto é tão relevante ao ponto de se destacar desta forma o acto racista sem que se destaquem as duas agressões que o porco sujo do Manoel sofreu?! Será que se o Manoel em vez de macaco lhe tivesse chamado gordo (ou elefante) ou careca (macaco - sim, porque há macacos carecas, como o da foto) o título seria o mesmo?

É que esta coisa da luta contra o racismo começa a ser um abuso. Podem chamar filhos da p***, panel*****, cabr***, gordos, carecas, deficientes, mancos, coxos, ladrões a toda a gente. Mas se chamam branco a um branco, preto a um preto, amarelo a um amarelo, dá confusão. E, pior que isso, quem é alvo de insultos racistas pode cabecear, pisar, pontapear, esmurrar e fazer o que mais lhe apetecer. Mas desde quando a provocação - seja ela qual for - é justificação para se partir para a agressão?!

Em suma:
Manoel é um porco sujo e deve ser punido? Sim, claro. Mas o Danilo não é bem o protótipo de bom rapaz, que é insultado e sente-se mal, coitadinho...

Ah... e resta dizer que eu nunca na vida ouvi falar nem num nem no outro. Limito-me a interpretar os factos que me foram dados a conhecer.

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